Volta Consciente SP pede celeridade na reabertura do comércio
Movimento é liderado por trabalhadores e empresários da área têxtil
Um grupo formado por trabalhadores, empresários e entidades da área têxtil criou o Volta Consciente SP, movimento apartidário e pacífico que defende a proteção da vida, do emprego e da renda diante da crise decorrente da pandemia de Covid-19. Nesse sentido, reivindica a reabertura do comércio no Estado de São Paulo, cumprindo todos os protocolos de saúde exigidos pelo governo e necessários para a segurança e o bem-estar de todos – trabalhadores, consumidores e lojistas.
O movimento, que vem conquistando crescente apoio e participação de cidadãos, empresas e entidades de outros segmentos, exige maior celeridade na definição dos prazos e das condições necessárias à retomada das atividades por parte do Governo do Estado de São Paulo e Prefeituras. Os pleitos já foram apresentados pelos líderes do movimento ao Palácio dos Bandeirantes.
“Defendemos que a volta da vida social, com a retomada do comércio varejista em todo o Estado de São Paulo, deve ocorrer imediatamente”, diz o manifesto publicado pelo Volta Consciente SP. “As melhores práticas de saúde pública devem se equilibrar com essa necessidade fundamental de todos os cidadãos, especialmente os mais frágeis, atingidos pela crise econômica que já começamos a observar, e cujos efeitos devastadores precisam ser minimizados.”
Nessa quinta-feira (30), os participantes do Volta Consciente SP realizarão uma carreata, que sairá de diversas cidades e se encontrará na cidade de Americana, na região de Campinas, no Interior Paulista. A escolha da carreata como forma de manifestação – em vez de um ato tradicional, que poderia gerar aglomerações – demonstra a preocupação dos integrantes do movimento com os cuidados necessários para evitar a transmissão da Covid-19. O grupo vai se concentrar às 13h30 na Avenida Pinto Duarte, altura do 149, e vai percorrer um trajeto de cerca de 40 quilômetros.
Antes da ação, todos os participantes serão orientados sobre as normas de segurança a serem adotadas. “Estamos comprometidos a cumprir todos os protocolos de saúde pública que o momento exige, mas não podemos mais ficar sem trabalhar”, prossegue o manifesto, assinado por sete entidades que, juntas, congregam mais de 30 mil estabelecimentos comerciais e industriais.
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), o segmento têxtil é a segunda cadeia que mais gera emprego no Brasil, atrás apenas da construção civil. No Estado de São Paulo, são 213 mil empregos diretos com carteira assinada na indústria e mais 220 mil na soma de varejo e atacado – são 34 mil pontos de venda no Estado, 9,5 mil dos quais somente na Capital. Considerando-se os empregos indiretos e efeito renda, o total de trabalhadores chega a 1 milhão no Estado.
Em nível nacional, o setor têxtil responde por cerca de 1,5 milhão de empregos diretos e 6,5 milhões indiretos e efeito renda, totalizando cerca de 8 milhões de trabalhadores e efeito renda.
Subscrevem o documento entregue ao Governo do Estado de São Paulo as seguintes entidades: Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit); Federação dos Varejistas e Atacadistas do Brás (Fevabras); Associação Circuito das Compras (Acircom); Associação Brasileira de Tecnologia Têxtil, Confecção e Moda; Sindicato das Indústrias de Tecalagem, Fiação, Linhas, Tinturarias, Estamparias e Beneficiamento de Fios e Tecidos de Americana, Nova Odessa, Santa Barbara D'Oeste e Sumaré (Sinditec); Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo (Sinditêxtil); e Sindicato das Indústrias de Bordados de Ibitinga (Sindicobi).
Mais informações podem ser obtidas em www.voltaconsciente.com.br