Valinhos implanta vagas de trânsito para pessoas com autismo
Sinalização está sendo executada ao redor do CAV, Paço Municipal, Praça 500 anos, CLT e UPA
Foto: Pref. Valinhos
A Prefeitura de Valinhos, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana, iniciou a implantação de vagas de trânsito para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Os espaços reservados estão identificados ao redor da nova sede do Centro de Referência do Autismo de Valinhos (CAV), do Paço Municipal, da Praça 500 anos e do Centro de Lazer e Trabalhador (CLT) Ayrton Senna. A pintura de solo já foi executada e serão fixadas placas com sinalização vertical. O próximo local é a UPA.
O motorista que desrespeita a vaga para pessoas com deficiência física está sujeito a multa de R$ 293,47. Além disso, há a inclusão de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) pela infração gravíssima, além da possibilidade de remoção do veículo.
A medida é baseada na Lei Federal 12.764/2012, que passou a considerar quem tem TEA como pessoa com deficiência para todos os efeitos legais. No caso do autismo, a dificuldade de locomoção ocorre não em função de uma deficiência física, mas sim devido à desordem sensorial. Portanto, os portadores de TEA têm direito de vagas especiais de estacionamento, observando-se as normas de cada município.
“É mais uma ação da Prefeitura para garantir a inclusão e o cumprimento dos direitos das pessoas com deficiência. Só uma mãe que vai levar seu filho com autismo para um atendimento médico ou pedagógico sabe como o simples fato de estacionar o veículo pode se tornar complexo numa situação de crise”, exemplifica a prefeitura Lucimara Godoy.
Crislanio Lopes, secretário de Mobilidade, acrescentou que os locais foram definidos com base no fluxo de pessoas e que novos espaços poderão ser criados. “Valinhos investe na inclusão com óculos de inteligência artificial para alunos e professores com deficiência visual, botão de segurança para deficientes auditivos, ampliação da frota do transporte gratuito para alunos e pacientes, Censo PCD e playground inclusivo. Com pessoas com TEA não seria diferente”, finalizou.