Vacinação contra gripe está abaixo de 30% entre crianças, mães e trabalhadores da saúde
Próxima etapa começa em 11 de maio e inclui idosos (pessoas com 60 anos ou mais) e professores das redes pública e privada
Foto: Govesp
A campanha de vacinação contra a gripe, em SP, registra comparecimento de menos de 30% dos trabalhadores da saúde, crianças de seis meses a menores de seis anos, grávidas e puérperas puérperas (mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias). Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo segue convocando estes públicos para garantirem sua dose de proteção contra o vírus Influenza.
Estes grupos devem procurar os postos preferencialmente até segunda-feira (10), mas aqueles que não puderem também terão direito a receber a vacina após esta data. Mesmo com doses disponíveis desde o dia 12 de abril para as 5,5 milhões de pessoas desta primeira etapa, somente 1,4 milhão aderiram à campanha, somando 978,4 mil crianças (29,6% de cobertura vacinal), 114,7 mil gestantes (26,2%), 342,9 mil profissionais da saúde (22,1%) e 21,4 mil puérperas (29,9%). Também foram vacinados 3,7 mil indígenas (63,7%). (confira abaixo dados por região)
“Fazemos um apelo aos nossos trabalhadores do SUS e dos serviços privados para que deem o exemplo e se vacinem. Também solicitamos famílias que cuidem da vacinação das crianças e das mães que estão em gestação ou tiveram seus bebês recentemente. Isso é um gesto de amor e cuidado”, diz a diretora de Imunização da Secretaria, Nubia Araújo.
“A gripe e a COVID-19 são doenças respiratórias circulando simultaneamente, e por isso toda medida preventiva é necessária para cuidar de si e do próximo. A vacina é totalmente segura e não causa gripe, pois é composta apenas de fragmentos do vírus que garantem a devida proteção”, complementa.
Visando reduzir aglomerações para reforçar a prevenção à COVID-19, o cronograma da campanha foi dividido em três etapas que se estenderão até 9 de julho.
A segunda se inicia na próxima terça-feira (11) e incluirá os idosos (pessoas com 60 anos ou mais) e professores das redes pública e privada, que somam mais 7,8 milhões de pessoas.
A terceira etapa começa em 9 de junho, alcançando 5,1 milhões pessoas com comorbidades e com deficiência (física, auditiva, visual, intelectual e mental ou múltipla); caminhoneiros, trabalhadores portuários e de transporte coletivo; profissionais das forças armadas, de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional; população privada de liberdade e jovens e adolescentes sob medidas socioeducativas.
Seguindo a legislação, deverão ser priorizados nas salas vacinais os idosos com mais de 80 anos e haverá triagem diferenciada e orientações para quem apresentar sintomas respiratórios.
O Instituto Butantan disponibiliza ao Brasil 80 milhões de doses da para a campanha nacional, com produção integral do imunizante e sem necessidade de importação de matéria-prima. O imunizante deste ano é constituído por três cepas de Influenza: A/Victoria/2570/2018 (H1N1)pdm09; A/Hong Kong/2671/2019 (H3N2); e B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria).
Em 2020, o Estado de São Paulo registrou 809 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) atribuíveis ao vírus Influenza e 119 óbitos.
COVID-19
Quem está nos grupos da campanha de gripe e também estiver entre os públicos da vacinação contra COVID-19 deve respeitar um intervalo de 14 dias para receber doses destinadas a prevenção contra estas doenças.
Se houver interesse em intercalar o cronograma, como o imunizante contra o novo coronavírus é aplicado em duas doses, é possível receber a primeira, aguardar 14 dias para receber a da gripe, e depois esperar no mínimo mais 14 dias para receber a segunda dose contra COVID-19.
Respeitando os protocolos de prevenção, as salas de vacinação deverão manter organização do ambiente e evitar aglomerações, com distanciamento entre mesas e profissionais e pacientes, além da disponibilização de álcool para higienização das mãos.
A aplicação da vacina contra a gripe deve ocorrer em sala distinta da reservada para imunização contra COVID-19.
Os profissionais estão orientados a fazer triagem com identificação de paciente com sintomas respiratórios, como tosse, coriza e falta de ar. Os que apresentarem apenas tosse ou coriza poderão receber a vacina, com a orientação para procurar um serviço de saúde. A mesma recomendação será dada aos que apresentarem febre ou mau estado geral, e neste caso a aplicação da vacina precisará ser reprogramada até a recuperação do quadro clínico.