Turismo e transporte são os setores mais prejudicados pela pandemia
As drogarias e farmácias, supermercados e hipermercados tiveram resultados positivos, com crescimento de 3,16% e 16,83%, respectivamente
Foto: Lucas Selvanti
Da Redação
De acordo com o economista e diretor da Associação Industrial e Comercial de Campinas (Acic), Laerte Martins, o comércio da Região Metropolitana de Campinas (RMC) teve um prejuízo de R$ 2,79 bilhões entre a segunda quinzena de março e o final de maio. Numa comparação com o mesmo período de 2019, a queda registrada foi de 34,30%.
Com perda estimada em 70,5%, os setores mais prejudicados pela pandemia foram turismo e transporte. A seguir aparecem bares e restaurantes (-58,90%), serviços de autopeças (-24,10%) e salão de beleza (-60,50%).
“Considerando o acumulado de janeiro a maio de 2020 em Campinas e região, as perdas foram de cerca de R$ 2,5 bilhões, que representam 30,52% de redução, sendo a diferença em função de pequeno ganho positivo em janeiro e fevereiro de 2020”, explicou Martins.
Demais segmentos
Quanto ao segmento de “bens não duráveis”, o economista afirmou que as drogarias e farmácias, supermercados e hipermercados tiveram resultados positivos, com crescimento de 3,16% e 16,83%, respectivamente; já os postos de gasolina sofreram perda de 34,35% no faturamento.
No segmento de “bens duráveis”, o setor de vestuário foi o mais afetado, registrando queda de 74,26%. Móveis, eletrodomésticos e lojas de departamentos obtiveram prejuízo de 34,30%; material de construção apresentou queda de 8,93%.
Aicita
O balanço do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), divulgado no último dia 5 pela Associação Industrial e Comercial de Itatiba (Aicita), apresentou alta de 51,5% nas consultas, de 2.722 (abril) para 4.125 (maio). Alta também em relação aos cancelamentos, que passaram de 98 (abril) para 153 (maio).
Ainda, segundo o balanço, 122 nomes foram incluídos na lista de devedores do SCPC em maio.