Jornal de Itatiba Portal de notícias de Itatiba

Menu
Notícias
Por Redação

Tive um burnout, e agora? O que fazer após a identificação da síndrome

Síndrome afeta 1/3 dos trabalhadores brasileiros. Profissional da área de psicologia dá dicas sobre os próximos passos para quem vivencia essa experiência

Por Redação

Foto: Divulgação

A Síndrome do Burnout acomete 30% dos trabalhadores brasileiros, apontam dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT). O Brasil ocupa a segunda posição em casos no ranking mundial, ficando atrás apenas do Japão, segundo a International Stress Management Association (ISMA-BR) – associação voltada à pesquisa para a prevenção e tratamento de estresse no mundo.

Conhecida por provocar exaustão física e mental, o burnout pode se manifestar de diferentes formas, seja por meio de desânimo, estresse e problemas gastrointestinais; ou com o desenvolvimento de outras patologias, como a enxaqueca. A condição costuma levar a mudanças profundas de humor antes de evoluir para uma situação incapacitante, que força o afastamento do trabalho.

Reclassificada recentemente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doença ocupacional, seu diagnóstico é um momento de alerta para a saúde mental e física. De acordo com o psicólogo Vagner Vinicius Morais de Araújo, do AmorSaúde, a primeira ação após a confirmação do burnout deve ser buscar apoio especializado. "É importante procurar apoio, seja através de terapia com um psicólogo especializado ou orientação médica. Esse apoio pode ajudar a pessoa a desenvolver estratégias para lidar com o estresse e se reestruturar emocionalmente”, explica o profissional da maior rede de clínicas médico-odontológicas do Brasil.

Mudança no estilo de vida

Além do suporte psicológico, Vagner ressalta a necessidade de descanso e afastamento das atividades que contribuíram para o esgotamento. "Após o diagnóstico, é crucial considerar tirar uma licença do trabalho, reduzir responsabilidades ou até mesmo reavaliar as prioridades de vida. Esse tempo de descanso é essencial para permitir que o corpo e a mente comecem a se recuperar do estresse crônico”, diz.

O tratamento do burnout pode envolver diferentes abordagens terapêuticas. De acordo com Vagner, a Psicoterapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das mais eficazes, pois ajuda a identificar e modificar padrões de pensamento negativos e comportamentos que contribuem para o estresse, ensinando técnicas de enfrentamento e habilidades para lidar com situações difíceis. Outras abordagens, como a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) e as práticas de mindfulness, também têm se mostrado eficazes na recuperação. "Práticas como a meditação podem ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade, promovendo uma maior consciência do momento presente e uma resposta mais calma a situações estressantes", explica.

Além da terapia, a mudança de hábitos de vida é fundamental para a recuperação. Alimentação equilibrada, sono de qualidade e atividade física regular são pilares importantes. "Uma alimentação saudável fornece os nutrientes necessários para o funcionamento adequado do corpo e do cérebro, enquanto um bom padrão de sono acelera a recuperação e aumenta a resiliência ao estresse", afirma o psicólogo. Ele também enfatiza que a atividade física ajuda a reduzir o estresse e melhorar a circulação, o que combate a fadiga física e mental.

Apoio social

O apoio social desempenha um papel significativo no processo de recuperação. Segundo Vagner, o apoio de amigos, familiares e colegas de trabalho pode oferecer uma rede de segurança emocional e prática, que acelera o processo de recuperação.

O psicólogo aponta ainda que a validação emocional e o suporte prático, como ajuda nas tarefas diárias, são essenciais para aliviar a carga sobre a pessoa em recuperação. "O apoio social não só oferece um alívio emocional imediato, mas também cria um ambiente favorável à recuperação sustentável e ao fortalecimento da resiliência", completa.

Ambiente de trabalho

Em relação ao ambiente de trabalho, Vagner recomenda que, sempre que possível, a pessoa considere uma pausa ou afastamento temporário para se distanciar da fonte principal de estresse. "Uma pausa ajuda a interromper o ciclo de estresse contínuo, permitindo que a pessoa recupere suas energias e reflita sobre o que causou o burnout e o que pode ser feito para evitar que isso aconteça novamente", explica.

Para evitar uma recaída, o acompanhamento médico e psicológico a longo prazo é essencial. "Manter sessões regulares de psicoterapia e consultas médicas permite monitorar os níveis de estresse, identificar gatilhos precoces e desenvolver estratégias de enfrentamento", destaca. Ele também recomenda que as pessoas continuem praticando o autocuidado e estabeleçam limites claros tanto no trabalho quanto na vida pessoal para prevenir o retorno da condição.

Por fim, o profissional reforça a importância de não subestimar os sinais de burnout. "O diagnóstico é o primeiro passo para a recuperação, mas o sucesso a longo prazo depende de um compromisso contínuo com o autocuidado, o apoio social e o acompanhamento profissional", conclui.

Setembro Amarelo

No mês de setembro, a rede de clínicas AmorSaúde lança uma campanha com condições especiais para atendimentos em saúde mental. São pacotes de sessões de psicoterapia com preços mais acessíveis, que oferecem ainda descontos adicionais significativos para filiados do Cartão de TODOS.

tópicos

Não conseguimos enviar seu e-mail, por favor entre em contato pelo e-mail

Entendi

Nós usamos cookies

Eles são usados para aprimorar a sua experiência. Ao fechar este banner ou continuar na página, você concorda com o uso de cookies. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

Aceitar todos os cookies