Stock: disputa no Velocitta começa com um novo tabu de que líder não faz pole com lastro do sucesso
Quem vai ter esse desafio pela frente amanhã será Cesar Ramos, que ocupa o primeiro lugar da temporada, com 146 pontos
Foto: Rafael Gagliano (divulgação)
Os treinos classificatórios para a 7ª etapa do Campeonato Brasileiro de Stock Car 2020, que definem o grid de largada da primeira prova deste domingo (18/10), às 11 horas, no Autódromo Velocitta, em Mogi Guaçu, serão realizados amanhã (sábado), às 12h15, com uma particularidade que dificilmente deixará de existir nessa temporada.
É a de que, até agora, em treinos oficiais, nenhum líder de campeonato conseguiu a “pole-position” da prova principal da etapa carregando 30 kg a mais do lastro do sucesso no interior do cockpit de seu Stock, conforme explica o jovem Bruno Baptista, que foi justamente o mais rápido dos treinos oficiais da última etapa, em Cascavel.
“Mesmo eu não utilizando lastro em nenhum dos treinos oficiais, dá pra notar na pista que o líder leva uma desvantagem acentuada com o lastro do sucesso de 30 kg. Basta notar que, até agora, em quatro treinos que foram utilizados esse novo item do regulamento, nenhuma pole foi obtida por quem o carregou”, adianta Bruno Baptista, piloto da equipe Toyota RCM Racing, que tem os apoios das empresas WebMotors, Hero, Pro Automotive, Loctite e NKK do Brasil.
Quem vai ter esse desafio pela frente amanhã será Cesar Ramos, que ocupa o primeiro lugar da temporada, com 146 pontos. Mas a observação do jovem Bruno Baptista fica ainda mais significativa quando se leva em conta que nos treinos oficiais disputados, os líderes do campeonato não figuraram nem entre os 10 primeiros do grid de largada: Rubens Barrichello (Toyota Corolla) foi 13º em Interlagos, Ricardo Zonta (Corolla) o 12º em Londrina; e o próprio Barrichello o 20º e o 16º nas duas últimas classificatórias em Cascavel.
Pole-position da última etapa, Bruno Baptista explica ainda que não são só os líderes que sofrem com o lastro do sucesso nos treinos de classificação.
“Coincidência ou não, até este momento, nenhum dos cinco pilotos que carregaram peso extra, seja ele o máximo de 30 kg para o líder e o mínimo de 10 kg para o quinto colocado, variando de 5 em 5 kg a mais ou a menos, conseguiu ser o mais rápido de um treino oficial”, revela Bruno Baptista.
De fato, além de Bruno Baptista que conquistou a pole da última etapa, quando ocupava a 11ª posição do campeonato, os demais mais rápidos dos treinos classificatórios também não utilizaram lastro, como Cesar Ramos por ser o oitavo do Brasileiro na 2ª etapa em Interlagos, e Thiago Camilo nas poles que obteve em Londrina, quando era o 7º do certame e em Cascavel, quando estava em 6º no Brasileiro.
Com o novo lastro do sucesso e outras significativas normas de regulamento que foram feitas pelos organizadores da Stock Car, Bruno Baptista, não tem a menor dúvida que este campeonato é o mais equilibrado entre os três que participou. E reconhece que o trabalho feito por Carlos Col, na frente da Stock, para justamente equiparar a categoria com a disputa de duas marcas importantes, como a Toyota e a Chevrolet, está coberto de êxito.
“Como sempre, alguns vão ainda encontrar defeitos, mas em termos de equilíbrio, o Carlos Col conseguiu uma façanha com todas as novidades que criou nesta temporada. Atualmente, qualquer piloto, estando na liderança ou em último, tem possibilidades de fazer uma pole ou vencer uma das corridas de qualquer etapa. Aliás, eu até recomendaria esse lastro do sucesso para dar, pelo menos, um pouco de igualdade na atual Fórmula 1”, finaliza Bruno Baptista.