SP reforça a importância da vacinação contra a febre amarela
Saúde recomenda que quem tenha recebido a dose fracionada da vacina em 2018, realize a nova vacinação após um intervalo de oito anos
Foto: Govesp
O Governo de SP alerta a população para o risco de contaminação por Febre Amarela após o estado registrar no último dia 29 de março, o primeiro óbito confirmado pela doença em 2024, e reforça a importância da vacinação contra a doença. O caso foi em um homem, de 50 anos, morador de Águas de Lindóia e que se deslocava também pela região de Monte Sião em Minas Gerais. Além disso, um caso foi identificado na zona rural de Serra Negra, envolvendo um homem de 28 anos, que estava vacinado e se recuperou completamente.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) intensificou as ações de vigilância em saúde e vacinação nas regiões, reforçando a importância e conscientizando sobre a imunização de rotina, não apenas em momento epidêmico para evitar casos mais graves. A vacina contra Febre Amarela faz parte do calendário de imunização e está disponível nos postos de saúde do estado. Até o último dia 22 de abril, em todo o território estadual, a cobertura vacinal contra Febre Amarela é de 68,47% para crianças menores de um ano.
Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Toda pessoa que reside em Áreas com Recomendação da Vacina contra febre amarela e pessoas que irão viajar para essas áreas devem imunizar-se pelo menos 10 dias antes do deslocamento.
Em 2018, devido aos inúmeros casos da doença, o Ministério da Saúde adotou o fracionamento de doses da vacina contra a febre amarela em três estados: Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. A medida foi recomendada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) como uma das estratégias de imunização, por ser um caso de emergência. Dessa forma, é importante relembrar que quem se vacinou, na época, com a dose fracionada precisa realizar uma nova vacinação após um intervalo de oito anos.
Regiane de Paula, coordenadora da Vigilância em Saúde do Estado, enfatiza a importância de acompanhar a caderneta de vacinação. “A vacina fracionada tem validade de oito anos, por isso é crucial manter a imunização em dia e se proteger contra a doença.”
“A vacina contra a Febre Amarela leva cerca de 10 dias para gerar anticorpos. Portanto, é crucial garantir a imunização com antecedência, especialmente para quem vai explorar áreas de mata, acampamentos, trilhas e cachoeiras”, reforça Regiane sobre a importância da vacina para quem for viajar.
É importante destacar também que os macacos não transmitem Febre Amarela. A infecção se dá por meio de mosquitos silvestres, que vivem em zona de mata e não habitam o ambiente urbano das cidades. O risco é maior em áreas de mata e zona rural que recebem turistas para acampamentos, trilhas e outras atividades.