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Há 30 anos, no dia 26 de agosto de 1990, com o Estádio Marcelo Stefani lotado, o Bragantino conquistou seu título mais importante da história: o Campeonato Paulista.

Após empate por 1 a 1 com o Novorizontino no tempo normal e 0 a 0 na prorrogação, o Massa Bruta levou a melhor.
O jogo ficou conhecido como a “Final Caipira”, pois pela primeira vez na história do Campeonato Paulista duas equipes do interior decidiram o título. Até então, apenas um time do interior havia se tornado campeão do torneio: a Inter de Limeira, em 1986.

As cidades abraçaram a “final caipira” e os torcedores foram aos estádios trajados a caráter nas duas partidas, inclusive com chapéu de palha, como lembra o site do ge (da globo.com). Na partida de ida, em Novo Horizonte, o jogo terminou empatado em 1 a 1, deixando tudo em aberto para a volta, em Bragança Paulista.

À época, o regulamento determinava que, entre os finalistas, o time que tivesse melhor campanha nas fases anteriores poderia ter a vantagem de empatar os dois duelos para alcançar o título. Sendo assim, com o empate no jogo de ida, o Bragantino precisava apenas manter o empate no tempo regulamentar e na prorrogação para conquistar a taça. Segundo o site ge, o Massa Bruta havia jogado 18 vezes em seus domínios, conquistando 11 vitórias, seis empates e apenas uma derrota. Caso conseguisse não sair derrotado, o título ficaria em Bragança Paulista.

Com a bola rolando, o que se viu foi uma partida franca, com as duas equipes buscando o jogo. Porém, como precisava ganhar a partida, o Novorizontino criou mais chances. Odair e Márcio Santos avançavam ao ataque em alguns momentos e confundiam a marcação do time de Luxemburgo, que precisou fazer ajustes na defesa para impedir o gol do adversário, mantendo o placar ao término da primeira etapa.

No segundo tempo, a pressão do Novorizontino deu resultado. Aos 21 minutos da etapa complementar, Róbson cobrou escanteio para Fernando, que cabeceou firme em direção ao chão, no canto, sem dar chances ao goleiro Marcelo.

Atrás no placar, o Bragantino se lançou ao ataque e chegou ao empate cinco minutos depois, aos 26. Após tabela, Mário lançou Tiba, que avançou pela direita, invadiu a área e bateu forte, cruzado, empatando o jogo. Os visitantes voltaram a buscar o gol, mas com o tempo passando, a equipe diminuiu o ritmo e levou o jogo para a prorrogação.

Os últimos 30 minutos do campeonato foram de fortes emoções. O goleiro Marcelo salvou o Bragantino em algumas oportunidades criadas pelo Novorizontino, que pressionou fortemente o time da casa. O Massa Bruta, por sua vez, conseguiu aproveitar os espaços deixados na defesa do adversário e chegou em contra-ataque com o atacante Mário, que ficou cara a cara com o goleiro, mas chutou a bola por cima do gol.

A segunda etapa da prorrogação teve mais pressão do Novorizontino. O Marcelo Stefani silenciou de apreensão no final da partida e viu os visitantes reclamarem de um pênalti não marcado já nos minutos finais, quando o lateral Biro-Biro colocou a mão na bola em lance dentro da área, porém ignorado pelo árbitro José Aparecido de Oliveira.

O goleiro Marcelo continuou segurando tudo na defesa, assegurando o resultado até o final. Com o término da partida, o Bragantino manteve o placar em 1 a 1 e finalmente a torcida do Massa Bruta pode soltar o grito de campeão paulista. O jogo, realizado em 26 de agosto de 1990, atraiu um público de 15 mil pagantes.
Elenco da partida:

Bragantino: Marcelo; Gil Baiano, Júnior, Carlos Augusto e Biro Biro; Mauro Silva (Franklin), Ivair e Tiba; Mazinho (Robert), Mario e João Santos. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Novorizontino: Maurício; Odair (Edmilson), Fernando, Marcio Santos e Goiano; Marcão, Tiãozinho e Edson; Robson, Barbosa e Roberto Cearense (Flavio). Técnico: Nelsinho Baptista.

Fonte - BJD Bragança