Setor de beleza registra evasão de 43% dos profissionais
Foto: Arquivo CBN
O fim das restrições de funcionamento impostas durante as fases agudas da pandemia de Covid-19 não significou a volta à normalidade para a maioria das empresas.
Para os empreendedores do setor de beleza os desafios pós-pandemia são a concorrência com profissionais do ramo que migraram para o trabalho autônomo e a falta de mão de obra qualificada para preencher as vagas de emprego e manter os atendimentos.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Salões de Beleza (ABSB), José Augusto dos Santos, 43% dos estabelecimentos do setor não conseguiram repor as equipes e 53% ainda registram queda de faturamento.
“Somente 40% dos salões estão com números iguais a 2019, o que é ruim porque em 2019 nós tínhamos inflação e aumento do dólar. Nesse cenário, com 40% dos salões vendendo igual e o restante vendendo entre 30% e 40% menos, é um cenário bastante delicado de recuperação para o setor.”
A solução para o problema, segundo Santos, é facilitar a entrada de novos profissionais de beleza por meio de convênios com instituições de ensino, como a que o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos deve firmar no próximo mês.
“70% da nossa força de mão de obra são mulheres e 92% dessa mão de obra feminina é a principal renda familiar. Então a gente deve assinar no começo de agosto uma parceria para promover as escolas porque a barreira, teoricamente, é o custo da formação.”
O presidente da Associação Brasileira de Salões de Beleza (ABSB) informou que o faturamento de manicures gira em torno de três salários mínimos, enquanto os cabeleireiros podem faturar até dez salários mínimos.
* com informações da Rádio CBN Campinas