Sete filhotes de pato-mergulhão nascem de ovos incubados
O pato-mergulhão está ameaçado de extinção e é uma espécie de ave rara
Foto: Divulgação / Zooparque
Da Redação
O Zooparque Itatiba registrou o nascimento de sete filhotes de pato-mergulhão, por meio de reprodução por meio natural. Os ovos estavam incubados pela própria mãe, e é a primeira vez que é registrado um número tão grande de filhotes nascidos de um único casal de pais sob cuidados humanos.
Os filhotes nasceram no último dia 1º e, além da ninhada recorde, outro casal de pais de primeira viagem teve cinco filhotes. No último dia 9 nasceram dois filhotes de ovos vindos de uma coleta na Serra da Canastra, que estão sob os cuidados de pais adotivos no Zooparque.
O pato-mergulhão é uma das espécies de aves aquáticas mais raras e ameaçadas de extinção no mundo, possuindo menos de 250 na natureza.
Reprodução
A única instituição no mundo que mantém a espécie é o Zooparque Itatiba, e no período reprodutivo deste ano 14 filhotes nasceram e outros estão por vir.
Hoje em dia há 29 patos-mergulhões adultos e 14 filhotes no local. Segundo a bióloga responsável pelo zoo, “o registro de um casal com sete filhotes é uma notícia muito alegre e um resultado muito importante. Em seu habitat natural, um casal pode chegar a gerar sete ou oito filhotes, mas a maioria deles é predada por outros animais, e apenas cerca de três indivíduos sobrevivem. Já aqui no zoológico, estes animais terão todos os cuidados e proteção necessários, garantindo a segurança de todos os indivíduos”.
A bióloga completa que estes filhotes são a segunda geração de aves nascidas sob cuidados humanos, ou seja, filhos de aves que já nasceram de uma reprodução ex situ, importante para o sucesso no projeto de conservação.
Segundo o direto do local e studbook keeper da espécie, Robert Kooji, o nascimento da segunda geração de patos-mergulhões é uma etapa essencial desse grande projeto. “Estes nascimentos indicam um futuro muito promissor para o projeto e para a conservação da espécie”, afirma.
Coleta In Natura
A coleta científica dos ovos é autorizada pelo ICMBio e é parte essencial do projeto, ajudando a aumentar a variabilidade genética da população sob os cuidados humanos. Os ovos coletados na Serra da Canastra (MG) foram colocados sob os cuidados de uma mãe adotiva, que incubou os mesmos e agora cuida dos filhotes que nasceram.
