Segundo Serasa, Itatiba conta com 37.324 consumidores inadimplentes. Em Morungaba são 4.780
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A inadimplência na Região Metropolitana de Campinas (RMC) teve queda de 2,99% em junho, encerrando um ciclo de cinco altas seguidas. No primeiro mês de redução em 2024, o número de consumidores com contas em atraso ficou em 1.124.485, contra o recorde de 1.159.218 de maio, de acordo com balanço divulgado pela Serasa. Para a empresa de análise de crédito, a redução está relacionada à queda do desemprego e ao pagamento da restituição do Imposto de Renda para parte da população. “A injeção de dinheiro no mercado e outros indicadores econômicos, como a redução da taxa de desemprego nos últimos meses, podem continuar influenciando o indicador de forma positiva”, explicou a gerente do Serasa Limpa Nome, Aline Maciel.
A RMC registrou no primeiro semestre deste ano o saldo de 25.134 empregos com carteira registrada, alta de 11,66% em comparação aos 22.510 de igual período de 2023. Os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que o resultado de janeiro e junho é o terceiro melhor em quatro anos, inferior apenas aos de 2021 (37.982) e 2022 (34.045), quando o mercado de trabalho estava em fase de recomposição após a onda de demissões em virtude da covid-19.
De acordo com a Serasa, em junho também houve queda no total da dívida na RMC. O valor ficou em R$ 7,35 bilhões, redução de 3,03% em comparação aos R$ 7,58 bilhões de maio.
Em Itatiba, segundo os dados Serasa, são 37.324 consumidores inadimplentes, com um total de dívidas que chegam a R$ 243 milhões, com um ticket médio de R$ 6.534,00 por consumidor. Já na Estância de Morungaba, o número total de inadimplentes é de 4.780 consumidores para um total de mais de R$ 22 milhões em dívidas. O ticket médio do morungabense chega a R$ 4.757,68.
CAUSAS
As dívidas com bancos e cartões de crédito seguem como o principal motivo para o endividamento, com participação de 29,16% do total de dívidas dos inadimplentes. Em segundo lugar aparecem as contas básicas de água, luz e gás (21,85%), que registraram uma queda em relação ao mês anterior de 1,25 ponto percentual. Em terceiro lugar aparecem as financeiras (17,69%), seguida pelos serviços (11,81%), segundo o Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas da empresa de análise de crédito.
Após ser a única cidade da RMC com alta significativa na inadimplência em maio, a situação se inverteu em Campinas. O município fechou junho com 446.806 devedores inscritos, queda de 7,74% em relação aos 484.274 do mês anterior. Foi o terceiro menor mês de número de inadimplentes em 2024 na cidade, superior apenas ao registrado em janeiro (443.563) e fevereiro (445.773). Sumaré também teve uma ligeira redução de 0,99%, com 108.893 devedores no sexto mês do ano.
A queda no total de consumidores com contas em atraso não foi mais acentuada porque as outras 18 cidades da Região Metropolitana tiveram alta na inadimplência em junho. Em comparação com igual mês de 2023, a RMC registrou aumento de 6,33% no número desses consumidores. Em junho do ano passado, eram 1.057.476. Ou seja, 67.009 novos nomes foram incluídos na lista de inadimplentes na Grande Campinas em 12 meses. O número é semelhante à soma da população de duas cidades da Região Metropolitana, Pedreira e Santo Antônio de Posse.
A queda na RMC acompanhou o desempenho nacional. Junho foi o segundo mês consecutivo de redução no total de inadimplentes no país, que foi de 72,5 milhões. O número apresentou uma queda de 0,05% em relação a maio (72,54 milhões). De acordo com a Serasa, os consumidores de 41 a 60 anos formaram o grupo com maior participação entre os devedores (35,1%). Depois aparecem as faixas de 26 a 40 anos (34,1%), acima de 60 anos (18,9%) e até 25 anos (11,9%). Quanto ao gênero, a distribuição se dá de forma equitativa entre mulheres (50,3%) e homens (49,7%). (com informações do Jornal Correio Popular)