Segundo especialista, mais de dez milhões de brasileiros sofrem com doença renal
A informação é do médio urologista membro da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), dr. Eder Rogério Canal Pereira
Foto: Arquivo Pessoal
Todos os anos, o Dia Mundial do Rim é comemorado na segunda quinta-feira do mês de março; em 2022, foi celebrado no último dia 10. Neste ano, foi ressaltada a importância da conscientização e a educação sobre as doenças renais.
A campanha é idealizada pela Sociedade Internacional de Nefrologia e amparada por várias entidades.
Segundo o médio urologista membro da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), dr. Eder Rogério Canal Pereira, a doença renal crônica (DRC) é a determinação para alterações que afetam a função dos rins, na qual eles perdem a capacidade de efetuar suas funções básicas, podendo ter múltiplas causas e fatores de risco. Ainda, de acordo com o médico, estima-se que no Brasil mais de dez milhões de pessoas tenham doença renal crônica.
DRC
A doença é silenciosa, e grande parte assintomática, ou seja, não apresenta sintomas que indiquem a alteração na função renal. Na maioria dos casos, os sinais aparecem no estágio mais avançado da doença.
Dr. Eder explica que os principais sintomas são: alterações da cor e presença de sangue na urina; perda de apetite, inchaço, tremores, cãibras, dificuldades em controlar a pressão arterial, náuseas e vômitos. “Como são sinais comuns às outras doenças, o diagnóstico de DRC pode ser um dos últimos a ser considerados”, explica o médico.
Estágios
A doença renal crônica é dividida em cinco estágios: funciona bem, porém já apresenta sinal de lesão; leve diminuição da filtração, apresenta lesão; diminuição moderada da filtração, apresenta lesão e alteração laboratorial; diminuição avançada da filtração, apresenta lesão, alteração laboratorial e sintomas; e falência renal, necessidade de diálise ou transplante renal.
“Por isso, a prevenção é a realização de exames, como ureia, creatinina, exame de urina para avaliar a proteína, ultrassom ou tomografia para ver o tamanho dos rins e exame físico realizado pelo médico”, comenta dr. Eder.
Tratamento
Para o início, o tratamento é normalizar a hipertensão arterial, reduzir peso, reduzir sal e a ingestão de proteína, principalmente a de origem animal, aumentar a ingestão de água e controlar a diabetes, se associado.
“Em fase mais avançadas, terapias renais substitutivas, hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal”, finaliza o urologista.