Secretaria de Saúde Vinhedo recebe prêmio por reduzir índice de transmissão vertical de HIV
Cerimônia de premiação acontece na segunda-feira (5), no Centro de Convenções Ibirapuera, em São Paulo
Foto: Pref. Vinhedo
A Prefeitura de Vinhedo será premiada na 4ª Edição do Prêmio Luiza Matida TVHIV e/ou Sífilis Congênita do Estado de São Paulo, entregue para cidades paulistas que atingiram indicadores selecionados para redução ou eliminação da transmissão vertical do HIV e/ou sífilis. A cerimônia de premiação acontece na segunda-feira (5), no Centro de Convenções Ibirapuera, em São Paulo. Nesta quinta-feira (1º) é celebrado o Dia Mundial de Combate à Aids, que este ano tem como tema “Vamos falar sobre isso sem discriminação, sem preconceito e com muito respeito!”.
“A premiação de Vinhedo é resultado do trabalho comprometido das nossas equipes municipais de saúde e fortalece ainda mais as ações realizadas na nossa Rede Municipal para combater o HIV”, afirmou o prefeito Dr. Dario Pacheco. Vinhedo está entre 73 municípios premiados por alcançar indicadores de redução ou eliminação da transmissão vertical do HIV. A transmissão vertical acontece quando a criança é infectada durante a gestação, o parto ou a amamentação.
Segundo a Secretaria de Saúde de Vinhedo, após quatro décadas do início da descrição da Aids, a mudança do perfil da doença na área materno-infantil é uma das grandes conquistas para a mulher vivendo com o HIV. Os progressos da Terapia Antirretroviral incluem conversão da Aids de doença grave para infecção crônica controlável, aumento da sobrevida e redução das infecções oportunistas, envelhecimento da população pediátrica e sucesso na redução da transmissão vertical.
Em Vinhedo, todas as Unidades Básica de Saúde (UBSs) realizam teste rápido de HIV, durante o ano todo, com profissionais treinados e capacitados. As ações são desenvolvidas como o acompanhamento das gestantes que realizam o pré-natal na Rede Municipal de Saúde, com exames previstos no Programa de Mulher e da Criança e no Programa Nacional IST/AIDS. Em caso de diagnóstico de gestante soropositiva, ela passa a ser acompanhada pelo Ambulatório de Infectologia da Rede Municipal de Saúde, na UBS Casa Verde, e o atendimento obstétrico é feito no Centro de Atenção à Saúde da Mulher (CASM).
A criança exposta ao risco de transmissão vertical também é acompanhada pelo atendimento especializado em infectologia e pediatria até os 2 anos de idade. Esse atendimento é universal, oferecido às mulheres na rede pública e privada. Segundo o secretário de Saúde, Milton Ribolli, várias ações são adotadas para prevenir a transmissão Vertical do HIV.
“O ideal é que o diagnóstico seja feito antes da gestação. Em Vinhedo, a testagem está disponível nas unidades de saúde para a futura gestante e seu parceiro”, explica o secretário. A testagem para HIV e sífilis também é feita na primeira consulta do pré-natal da gestante. Em caso positivo, o tratamento antiretroviral é iniciado imediatamente.
O objetivo do tratamento é atingir o nível de a carga viral indetectável o mais rapidamente possível. Outras ações contribuem para reduzir a transmissão vertical, como escolher a via de parto adequada, acompanhar e medicar o recém-nascido. A amamentação é proibida e as mães soropositivas têm acesso à fórmula infantil para o bebê desde a hora do parto.
O prêmio Luiza Matida é em homenagem à médica pediatra e sanitarista Luiza Harunari Matida, falecida em 2014. O trabalho que realizou por 20 anos no Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP da Secretaria de Estado da Saúde e a elaboração de políticas e ações que realizou no controle da sífilis contribuíram para a redução dos casos de sífilis no Estado de São Paulo.
O Programa Estadual de IST/Aids-SP em parceria com a Atenção Básica e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems) também realiza a partir de segunda-feira a 7ª Semana Paulista de Mobilização Contra a Sífilis e Sífilis Congênita: "Os desafios da eliminação da sífilis congênita – teste, trate e cure a sífilis adquirida”.