Secretaria de Saúde continua monitorando casos de dengue no município
Foto: Arquivo PMI
Itatiba, como várias outras cidades paulistas, enfrenta um surto de dengue em 2024, com números alarmantes. Segundo dados da Secretaria de Saúde, até 3 de setembro, o município já havia registrado 10.084 casos notificados da doença, dos quais 6.156 foram confirmados. Apesar de estarmos em um período com menor incidência de chuvas, o alerta continua para que a população evite acúmulo de água e lixo, ambientes propícios à proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti.
Em agosto, foi confirmado mais um óbito por dengue em Itatiba. O exame realizado pelo Instituto Adolfo Lutz atestou a causa da morte de um homem de 70 anos, hipertenso, falecido em 29 de maio. Com este caso, o total de mortes no município este ano chega a nove. As vítimas são, em sua maioria, pessoas idosas ou com comorbidades. Confira o perfil das vítimas: homem de 75 anos (21/03); homem de 65 anos com comorbidades (11/03); mulher de 15 anos sem comorbidades (23/03); mulher de 89 anos sem comorbidades (05/04); mulher de 39 anos sem comorbidades (15/04); mulher de 50 anos sem comorbidades (02/05); um homem de 41 anos sem comorbidades (09/05); e um homem de 65 anos, com comorbidade (doença renal crônica), falecido em 08/05.
No momento, não há outras mortes em investigação por suspeita de dengue no município.
Os sintomas de dengue incluem febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas na pele, falta de apetite e mal-estar geral. A orientação da Secretaria de Saúde é que qualquer pessoa que apresente febre ou outros sintomas da doença procure imediatamente uma unidade de saúde para avaliação e diagnóstico clínico.
Ações de combate à dengue
Desde o agravamento da situação em 2023, diversas ações foram implementadas para controlar a proliferação do mosquito e proteger a população. Dentre elas, destacam-se:
Centro de Contingência Contra Dengue (CCD): Atendeu 3.950 pessoas entre o fim de fevereiro e meados de maio de 2024, no auge da crise.
Nebulização: A aplicação de inseticida em forma de névoa foi realizada de casa em casa em bairros com maior incidência da doença.
Sensibilização e fiscalização: Agentes de saúde continuam com campanhas de conscientização e fiscalizam locais com denúncias de acúmulo de água parada.
Vacinação: Aplicação da primeira e segunda doses da vacina contra dengue em jovens entre 10 e 14 anos, em parceria com o Ministério da Saúde.
Mobilização social: Reuniões com representantes da sociedade civil, igrejas, entidades assistenciais e outros órgãos para unificar as estratégias de combate à dengue.
A Secretaria de Saúde reforça que o combate à doença é contínuo e a colaboração da população é fundamental. Mesmo em épocas de pouca chuva, o cuidado com a eliminação de focos do mosquito deve ser mantido.