São Paulo tem novo Dia D do Pedestre, neste 11 de dezembro
Foto: Govesp
Respeitar a faixa e, sobretudo, quem caminha por ela é o melhor caminho para evitar boa parte dos sinistros de trânsito – e salvar vidas. De acordo com o Infosiga, a plataforma de dados do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), de janeiro a outubro deste ano quase um quarto das mortes por acidente no estado, 23%, vitimou pedestres, grupo que ficou atrás apenas dos motociclistas, com 42,3% dos óbitos. Morreram, no período, 1.182 pedestres, 15% a mais que no mesmo intervalo do ano passado. Para proteger este, que é o elo mais frágil do sistema de trânsito, o Detran-SP realiza neste dia 11, em todo o estado, um novo Dia D em defesa do pedestre.
Na programação, estão diversos tipos de abordagem a motoristas e pedestres – que por vezes precisam ser lembrados de também respeitar a faixa, atravessando sempre pela sinalização na via. De conversas a brincadeiras, passando pela distribuição de materiais impressos para difundir a ideia de que a segurança no trânsito é responsabilidade coletiva, representantes do Detran-SP vão reforçar a importância da civilidade nas ruas.
Homens e idosos morrem mais
Uma análise mais detalhada dos números do Infosiga revela o perfil do pedestre morto nas ruas de São Paulo. Do total de óbitos de transeuntes neste ano no estado, 76% envolveram homens, porcentagem similar à registrada entre janeiro e outubro de 2023, de 74,5%. São eles que puxam o crescimento de 15% nas mortes em 2024: pedestres do gênero masculino morreram 17,4% mais que no mesmo período do ano passado.
A vulnerabilidade também sobe com a idade. As faixas etárias que tiveram mais mortes foram as de 55 a 59 anos (8% do total de óbitos), 60 a 64 (também 8%), 65 a 69 (9%), 70 a 74 (7%) e 80 ou mais (8%). A perda de mobilidade é um dos fatores que tornam os idosos mais suscetíveis e o respeito, ainda mais mais necessário.
Entre as cidades mais letais para os pedestres, as regiões metropolitanas disparam. Os três municípios com mais sinistros e mortes de pedestres são, em ordem, a capital, Guarulhos e Campinas. Sorocaba é a quinta cidade em volume de sinistros, mas a quarta em número de mortes, alternando com São Bernardo do Campo, que é quarta em acidentes com pedestres, e a quinta em fatalidades.