Saldo negativo da balança comercial de Itatiba chega a US$ 156,89 milhões
As importações têm superado às exportações durante todo o ano, resultando num déficit cada vez maior
Da Redação
Desde o começo do ano, a balança comercial de Itatiba tem apresentado saldo negativo. O déficit registrado até outubro, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), é de US$156,89 milhões. Foram US$ 115,96 milhões em exportação contra US$ 272,85 milhões em importação.
Fazendo uma comparação com o mesmo período do ano passado, as exportações caíram 10,41%. Situação negativa também quanto às importações, que registraram queda de 6,68% em relação a 2018.
Morungaba
Mesmo com o bom desempenho em exportações em itens de vestuário esportivo, fazendo com que a Estância Climática de Morungaba se tornasse o terceiro município brasileiro com o melhor resultado neste setor de setembro a janeiro de 2019, ficando atrás apenas de São Paulo e Petrópolis-RJ, a balança comercial da Estância fechou outubro com déficit de US$ 5,92 milhões.
No período, as exportações resultaram um total de US$ 1,69 milhão ante US$ 7,61 milhões em importações. Em contrapartida, o resultado apresentando até outubro deste ano é melhor que o do ano passado. As exportações subiram 21,76% e as importações registraram aumento de 32,03%.
RMC
A balança comercial da Região Metropolitana de Campinas (RMC) acumula, até outubro, um déficit de US$ 7,8 bilhões. De acordo com um estudo do Observatório PUC-Campinas, que monitora os dados da RMC em quatro eixos temáticos: Atividade Econômica e Comércio Internacional; Emprego e Renda; Sustentabilidade e Desafios do Milênio; e Indicadores Sociais, houve queda de 15,6% nas exportações da região na comparação com o mesmo período de 2018.
Ainda, de acordo com o estudo, o resultado negativo é decorrente da diminuição na venda externa de medicamentos e acessórios para veículos motorizados. Em um ano, a venda de automóveis ao exterior sofreu queda de 55,03%, principalmente devido à crise na Argentina - principal mercado de destino.
O economista que coordenou a análise regional dos dados divulgados pelo Ministério da Economia, Paulo Oliveira, acredita que a dependência de insumos externos precisa diminuir para que haja desenvolvimento econômico sustentado na RMC.
“A competitividade externa tem que aumentar, sobretudo em produtos de maior complexidade econômica, que normalmente são fabricados em países com maior grau de sofisticação tecnológica das estruturas produtivas. Caso contrário, a tendência é que o déficit comercial continue em expansão”, afirmou o economista.