Rock in Rio 2024: quatro décadas de música e compromisso com a sustentabilidade
Ao adotar postura sustentável, o evento passou a reduzir significativamente o impacto ambiental do festival, promovendo a conscientização do público
Foto: internet/ raphael dias
Neste ano, o Rock in Rio celebra quatro décadas de sua história, consolidando-se não somente como um dos maiores festivais de música do globo, mas também como um exemplo em termos de sustentabilidade.
De fato, desde a sua primeira edição, que ocorreu em 1985, o evento reinventou-se, buscando alinhar sua proposta artística a práticas que minimizem o impacto antrópico no meio ambiente. Durante sua trajetória, os organizadores do festival alocaram R$ 110 milhões em diversos projetos.
Pode-se dizer que a iniciativa de tornar o evento mais sustentável surgiu, com o passar dos anos, atrelada às crescentes preocupações globais sobre as mudanças climáticas. Em edições recentes, o Rock in Rio implementou uma série de medidas que visam reduzir a pegada ecológica do festival.
Pode-se dizer que a edição de 2001 foi quando o festival começou a integrar a sustentabilidade em sua essência. Um estudo do Instituto Datafolha indicou que o público do Rock in Rio apoia firmemente as iniciativas ambientais do evento, fortalecendo sua imagem como um festival em constante evolução em termos de sustentabilidade.
Entre os 412 entrevistados, 70% demonstraram grande interesse por um planeta mais sustentável, 29% mostraram certa curiosidade e apenas 1% declarou não se importar com o tema. Entre as ações destacadas nesta edição, estão a utilização de materiais recicláveis e a gestão adequada de resíduos.
Além disso, o Rock in Rio teve pontos de troca de resíduos, nos quais os participantes do festival puderam descartar embalagens de produtos consumidos e receberam brindes, através de uma abordagem de gamificação. Os materiais recicláveis reunidos ao final do Rock in Rio foram encaminhados às cooperativas da Associação Nacional de Catadores e Catadoras de Material Reciclável (ANCAT), parceira da Coca-Cola.
Outro ponto alto desta edição foi a EcoPista, uma área de dança que produz energia limpa com os movimentos dos participantes do festival. Essa instalação foi desenvolvida em colaboração com a NeoEnergia e forneceu energia para o funcionamento do Coke Studio.
Uma das grandes inovações para 2024 foi a aposta em energia verde. O festival tem apoiado o uso de energia solar, incentivando seus patrocinadores a adotar práticas sustentáveis. Um exemplo notável é a Heineken, que, pela primeira vez, contou com uma usina itinerante de energia solar no evento.
Essa iniciativa não só reforça o compromisso da marca com a sustentabilidade, mas também serve como um modelo para outras empresas que desejam alinhar suas operações a práticas mais ecológicas, de baixo impacto na natureza.
Além das medidas relacionadas à energia, o Rock in Rio também investe em ações sociais, promovendo inclusão e diversidade. O festival tem se esforçado para criar um espaço acolhedor, no qual o foco é fazer com que o público sinta-se representado em todos os sentidos.
A edição de 2024, assim, reitera o compromisso do Rock in Rio com a sustentabilidade e a responsabilidade social, introduzindo uma variedade de iniciativas inovadoras para minimizar seu impacto ambiental e ampliar seu impacto social.
No fim, o Rock in Rio 2024 destaca-se pela sua visão integrada de música e responsabilidade socioambiental. Com suas iniciativas de sustentabilidade, o festival, além de celebrar suas quatro décadas de existência, também abre caminhos para um futuro mais consciente, demonstrando ser possível unir entretenimento e responsabilidade ambiental.
