RMC: situação atual da Saúde é compatível com fase vermelha, afirma infectologista
"Aliado ao crescimento na taxa de ocupação dos leitos de UTI, há um contexto extremamente preocupante de possível circulação de novas variantes mais transmissíveis", alertou o infectologista André Giglio Bueno
Foto: Lucas Selvati/JI
Nota técnica divulgada pelo Observatório PUC-Campinas na última segunda-feira, 22, revelou que a Região Metropolitana de Campinas (RMC) encerrou a 7ª semana epidemiológica (14 a 20 de fevereiro) com queda de 5,9% nos casos e 8,2% nas mortes por covid-19. O infectologista André Giglio Bueno afirmou, no entanto, que a situação dos serviços de Saúde, que continuam com taxa de ocupação de leitos de UTI acima dos 80%, é compatível com a fase vermelha.
“Neste ponto, é interessante ressaltar a distorção entre a classificação da região, atualmente na fase amarela do Plano São Paulo, e a realidade vivida em âmbito regional (...) Aliado ao crescimento na taxa de ocupação dos leitos de UTI, há um contexto extremamente preocupante de possível circulação de novas variantes mais transmissíveis”, alertou Bueno.
Segundo o infectologista, seria essencial, além dos esforços para aumentar a capacidade do sistema de Saúde, promover ações para diminuir a circulação do vírus, “basicamente com medidas que visam reduzir e evitar circulação de pessoas e aglomerações, além de assistência, testagem ágil e isolamento rígido de todos os suspeitos”.
4,7 mil novas infecções
No período, as quedas de 5,9% nos casos e 8,2% nas mortes por coronavírus na RMC resultaram de 4,7 mil novas infecções e 112 óbitos.
Em relação ao DRS-Campinas, análise do Observatório indicou que houve aumento de quase 12% nas internações de pacientes suspeitos ou confirmados pela covid-19, embora também tenha apresentado baixa no número de casos e mortes.