RMC registra mais de 54 mil casos ao término da 33ª semana epidemiológica
Para o infectologista da PUC, a testagem universal das síndromes gripais pode ter contribuído para o aumento dos casos na região
Foto: Lucas Selvati/JI
Da Redação
O último balanço do Observatório PUC-Campinas, referente à 33ª semana epidemiológica (de 9 a 15 de agosto), revelou que os casos na Região Metropolitana de Campinas aumentaram 5% em relação à semana anterior. Quanto ao DRS-Campinas, que engloba 42 municípios, o aumento no número de casos foi de 9%.
Ao término da 33ª semana epidemiológica, foram notificados 73,1 mil casos e 2,3 mil óbitos no DRS-Campinas. Na RMC, 54,8 mil infectados e 1,6 mil mortos. Campinas, epicentro da pandemia na região, contabilizava 23,5 mil casos e 874 mortes.
O infectologista do Hospital PUC-Campinas, dr. André Giglio Bueno, avalia que as taxas mais altas observadas na análise são multifatoriais. “A testagem universal das síndromes gripais e algumas mudanças nos critérios para a confirmação de casos podem justificar esses aumentos. Contudo, é possível também que a maior circulação de pessoas em resposta à progressão da flexibilização já tenha algum papel”.
Recuperação econômica
O economista que coordena as notas técnicas sobre a covid-19 pelo Observatório, Paulo Oliveira, afirma que o trajeto para a recuperação econômica ainda é longo, mesmo após a retomada de certas atividades na fase amarela. Ele analisa que, “a taxa de desocupação chegou a 13,7% na última semana de julho no Brasil. Essa realidade, somada às reduções de carga e salários que limitam a capacidade de consumo das famílias e resultam no empobrecimento da população, deverá atrapalhar uma recuperação da economia nos próximos meses”.