RMC perde mais de 30 mil postos de trabalho entre janeiro e maio
O estudo da Acic revelou que Itatiba registrou até maio 10.055 desempregados
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Da Redação
Segundo um levantamento feito pela Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), a partir de um cruzamento de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), População Economicamente Ativa (PEA) e Mão de Obra Ocupada de cada município, de janeiro a maio deste ano, foram fechados 32,62 mil postos de trabalho na Região Metropolitana de Campinas. Ainda, segundo o estudo, no período, foram 127.272 admissões contra 159.892 demissões.
O economista e diretor da Acic, Laerte Martins, afirma que o total de desempregados na RMC até maio de 2020 foi 253.125. Em relação ao mesmo período de 2019, quando a região contabilizava 220.505 desocupados, o desemprego na região aumentou 14,79%.
“Quanto ao nível de desemprego na RMC, quando a análise também considera a população economicamente ativa e a mão de obra ocupada de cada cidade, a expansão percentual é de 12,18%. No mesmo período de 2019 era de 10,72%, o que representa aumento de 1,46%”, explica Martins.
Itatiba e Morungaba
O estudo da Acic revelou que Itatiba registrou até maio 10.055 desempregados. Se comparado ao mesmo período do ano passado (9.457 desempregados), a taxa de desemprego subiu 6,32%.
Campinas foi o município da RMC que apresentou o maior número de desempregados, 96.912, no entanto, segundo a Acic, “se a análise considerar a taxa de desemprego e não a quantidade de desempregados, Morungaba assume a primeira posição, com 17,98%”.
Para a presidente da Acic, Adriana Flosi, os números reforçam a preocupação com a saúde das empresas. “Se elas não conseguirem se manter, não conseguirão manter os funcionários e o quadro do desemprego na nossa região se agravará ainda mais”, comentou.
No País
De acordo o Caged, em todo o País, o saldo líquido entre a abertura e o fechamento de vagas foi negativo em 331.901 empregos. O resultado de maio decorre de 703.921 admissões e 1,035 milhão de demissões. Esse foi o pior resultado para o mês da série histórica, que tem início em 1992.