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RMC passa por seca severa segundo relatório do Cemaden

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Foto: JI

As 20 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC), onde residem 3,17 milhões de pessoas, enfrentam situação de seca severa, de acordo com relatório de impactos divulgado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). A classificação indica imposição de restrições ou escassez de água, com possibilidade de perdas de cultura ou pastagens. O quadro é resultado do fenômeno El Niño, marcado neste ano por baixo volume de chuvas e temperaturas altas, acima da média histórica.

De janeiro a junho de 2024, Itatiba, por exemplo, registrou chuvas abaixo da média registrada esperada, ficando em 91,3 mm. Para se ter uma idéia, em 2023 no mesmo período, a média foi de 139,4mm. A situação mais crítica foi em junho, quando terminou o El Niño. No mês passado, Itatiba registrou apenas 0,9mm de chuva segundo dados da Casa da Agricultura.

O fenômeno climático é caracterizado pelo aquecimento maior ou igual a 0,5°C das águas do Oceano Pacífico e acontece com frequência, a cada dois a sete anos. A duração média do El Niño é de 12 meses, e o fenômeno gera um impacto direto no aumento da temperatura global.

O quadro de seca severa levou o Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) a reforçar a recomendação para que as cidades e empresas invistam em ações preventivas e de contingenciamento para a estiagem, que tende a se intensificar em agosto e setembro. Na RMC, duas cidades já adotaram racionamento de água, Artur Nogueira e Vinhedo.

A primeira cidade adotou a medida na terça-feira, mantendo por cinco horas e meia por dia, em três intervalos de tempo, o bombeamento de água para abastecer a população. Das 19h às 6h30 o serviço fica paralisado. A represa que abastece o município está com 20% de sua capacidade. Segundo o Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira (Saean), a situação é “ainda mais severa do que a de 2014”. Vinhedo adotou rodízio de abastecimento dos bairros da cidade no final de maio, além de estabelecer a multa de R$ 663,01 para o desperdício, o que inclui lavagem de calçadas, veículos (exceto lava-jatos) e encher piscinas.

CANTAREIRA

De acordo com o Cemaden, todo o Estado de São Paulo atravessa período de seca severa ou extrema. A situação no Sistema Cantareira, principal fonte de água para a RMC, é de “seca hidrológica de intensidade severa”, de acordo com o órgão federal.

O conjunto de cinco represas que fornece água para os rios Atibaia, Jaguari e Camanducaia, que cortam a região, operava esta semana com 63,1% da capacidade, nível considerado “bom”, divulgou a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), responsável por seu gerenciamento. Em julho de 2014, época da crise hídrica, o nível era de 18,2%. Por outro lado, o acumulado de chuva mês na bacia formadora do Cantareira neste mês é de 31,2 mm, abaixo da média histórica de 43 mm.

O atual período de estiagem na RMC deve mudar apenas com a chegada da primavera, em 22 de setembro, mês em que está previsto o início do La Niña, mas não há uma avaliação de seus efeitos no Estado de São Paulo e RMC. (com informações do Jornal Correio Popular)

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