RMC: Maio registra 523,82 milhões de dólares em exportações
O valor registrado em maio corresponde ao segundo maior valor para o mês em 10 anos
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Da Redação
No mês de maio deste ano, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) registrou diminuição de -0,29% nas exportações e -25,12% nas importações, resultando em queda de -37,34% no déficit comercial regional. Os resultados foram divulgados pelo Observatório PUC-Campinas.
As participações nas importações e exportações do estado de São Paulo foram de 18,82% e 7,48%, respectivamente, representando uma pequena redução na participação da RMC tanto nas importações quanto nas exportações em relação ao mesmo período em 2022.
Exportações e importações
As exportações em maio foram de 523,82 milhões de dólares, apresentando um decrescimento de -0,29% em relação ao mesmo período de 2022. Esse valor corresponde ao segundo maior valor para o mês em 10 anos, atrás apenas do valor em 2022. Além disso, a participação nas exportações do estado de São Paulo foi de 7,48%, indicando que a RMC retraiu um pouco a sua participação nas exportações do estado, quando comparado com o mesmo período em 2022.
As importações totalizaram 1192,56 milhões de dólares, no mesmo período, representando um decrescimento de -25,12% em comparação a maio de 2022. A participação da RMC nas importações do estado foi de 18,82%, ou seja, houve uma grande redução em relação ao mesmo período do ano passado. O saldo negativo da balança comercial, -668,75 milhões de dólares, sofreu queda de -37,34% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Produtos
O estudo mostra que os principais produtos responsáveis pela redução do valor exportado foram pneus (-0,9%), metais preciosos (66,14%) e polímeros de etileno (-60,12%). Dentre as altas, destaca-se tratores (10,80%), medicamentos (18,11%) e coque de petróleo, betume de petróleo e outros resíduos dos óleos de petróleo ou de minerais betuminosos (sem exportações registradas no ano anterior).
Nas importações, as principais quedas deram-se para agroquímicos (-26,53%), aparelhos telefônicos (-4,78%) e compostos heterocíclicos de nitrogênio (-58,17%). Porém é destacada a alta no valor de óleos de petróleo ou de minerais betuminosos (4780%), medicamentos (9,17%) e centrifugadores (9,09%).
Complexidade
Houve aumento e queda das exportações em diferentes categorias de complexidade. A de baixa complexidade, teve queda de -29,13%; a média-baixa complexidade teve aumento de 68,21%; média-alta complexidade teve queda de -11,38%; e a de alta complexidade teve aumento de 22,15%. Contudo, mais de 79% das exportações da região se concentraram em produtos de média-alta e alta complexidade.
Também houve queda dos valores importados em diferentes categorias de complexidade. A categoria de baixa complexidade apresentou crescimento de 39,38%; a de média-baixa, decrescimento de -1,01%; a de média-alta, decrescimento de -27,75%; e a de alta apresentou queda de -27,05%. As importações de bens de média-alta e alta complexidade representaram mais de 87% do valor de todos os produtos importados.
Para 2023
As análises mais recentes do Observatório PUC-Campinas apontam para um ano de queda expressiva nas importações (-17,54%) e aumento das exportações (4,71%). Em relação as últimas previsões, nota-se que os dados de exportação do mês de março de 2023, comparados com a deste mês, indicam uma aceleração na taxa de crescimento das exportações previstas no ano (previsão anterior era de aumento de 0,77%), e uma redução ainda maior das importações (previsão anterior era de queda de 12,76%).
O contexto de tendência de redução das importações pode ter base na queda dos principais produtos importados pela RMC, mas também pode indicar desaceleração no ritmo da produção industrial.