RMC apresenta queda nas importações devido à pandemia
‘A conjuntura evidencia que a RMC passa pela pior crise externa da história’, afirmou o economista
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Foto: Divulgação
Da Redação
A balança comercial da Região Metropolitana de Campinas (RMC) no mês passado foi analisada através de um estudo do Observatório da PUC – Campinas, e revelou que nove dos dez principais produtos exportados pela região tiveram duas vendas afetadas em razão da pandemia de coronavírus. Considerando também a pauta das importações, que apresentou volume de compras inferior em todas as mercadorias, houve redução generalizada nas transações com o exterior, envolvendo as empresas regionais.
Com exceção da soja, que aumentou as vendas externas em 28,6%, comparando ao mesmo período do ano passado, os produtos mais importantes da pauta de exportação tiveram resultados ruins em maio, com quedas que ultrapassaram 50%. São eles: medicamentos, polímeros de propileno, acessórios para veículos, pneus, peças para motores, papel, carnes preparadas ou conservadas e automóveis.
Os principais produtos importados pela RMC totalizam quase 47% das compras externas realizadas em 2020, houve redução generalizada. As mercadorias desta lista manifestaram quedas superiores a 50% na comparação com 2019. São elas: agroquímicos, aparelhos telefônicos, peças para máquinas de escritórios, máquinas de processamento automático, antissoros e vacinas, bem como compostos orgânicos e inorgânicos.
Números
Com os números que refletem impactos econômicos globais da covid-19, a balança comercial da RMC fechou maio com a queda 39,2% nas exportações e 20% nas importações em relação ao ano passado, obtendo os piores índices de dez anos. No acumulado do ano, o volume importado somou US$ 4,7 bilhões, enquanto o total exportado representou menos de um terço deste valor: US$ 1,33 bilhão. Até o momento, portanto, o déficit comercial é superior a três bilhões de dólares.
“A conjuntura evidencia que a RMC passa pela pior crise externa da história recente, assim como outras regiões mais industrializadas no País. No acumulado do ano, o Estado de São Paulo obteve queda de 21,3% nas exportações e 10,5% nas importações, com déficit comercial acumulado no valor de US$ 2,4 bilhões. No Brasil, a redução é de 7,2% nas exportações e 2,5% nas importações, resultando em superávit de US$15,5 bilhões”, diz o economista Paulo Oliveira, responsável pelo informativo do Observatório PUC-Campinas.
O professor avalia, ainda, que há sinais de queda da atividade em todos os setores industriais, incluindo a indústria química, farmoquímica e agroquímica, de produtos de telefonia e eletrônicos, além do segmento automobilístico. A situação se justifica pela redução acentuada nas vendas para os principais países de destino, sobretudo Estados Unidos e Argentina, também afetados pela crise do coronavírus. No que diz respeito às importações, as compras de produtos da China caíram 65,27% em relação ao mês de maio de 2019.
Principais produtos exportados pela RMC em 2020
1 - Medicamentos, caiu 65,44%;
2- Polímeros de propileno em formas primárias, caiu 68,92%;
3 – Peças e acessórios para veículos, caiu 75,2%;
4 – Pneus, caiu 70,47%;
5 – Peças para motores de ignição por combustão interna, caiu 70,31%;
6 – Soja (óleo e outros resíduos), subiu 28,68%;
7 – Inseticidas, fungicidas , herbicidas, caiu 75,12%;
8 – Papel, caiu 59,77%;
9 – Outras carnes preparadas ou conservadas, miudezas ou sangue, caiu 66,45%;
10 – Automóveis, caiu 84,15%.
Produtos importados pela RMC em 2020:
1 – Agroquímicos, caiu 69,97%;
2 – Aparelhos telefônicos, caiu 68,02%;
3 – Circuito eletrônicos integrados, caiu 70,31%;
4 – Peças e acessórios para veículos, caiu 61,89%;
5 – Compostos de Heterocóclicos, caiu 74,71%;
6 – Compostos heterocóclios, caiu 55,35%;
7 – Peças e acessórios para máquinas de escritório, caiu 64,65%;
8 – Outros compostos orgânicos e inorgânicos, caiu 53,37%;
9 – Máquinas de processamento automático, caiu 67,44%;
10 – Antissoros e vacinas, caiu 64,58%