RMC apresenta 5,5 mil casos e 69 mortes por covid-19, revela Observatório PUC
O infectologista e professor da Faculdade de Medicina da PUC-Campinas, André Giglio Bueno, afirma que o aumento na intensidade da circulação do vírus e na pressão sobre o sistema de saúde tem sido observado desde o começo de novembro
Foto: Lucas Selvati/JI
Da Redação
Um levantamento feito pelo Observatório PUC-Campinas revelou que foram registrados 5,5 mil casos de coronavírus na Região Metropolitana de Campinas (RMC) durante a 51ª semana epidemiológica (13 a 19 de dezembro), o que representa um aumento de 20,27% em relação ao período anterior. Já o número de óbitos contabilizados na 51ª semana epidemiológica totalizou 69, superando em 23,21% os apresentados na semana anterior.
O infectologista e professor da Faculdade de Medicina da PUC-Campinas, André Giglio Bueno, afirma que o aumento na intensidade da circulação do vírus e na pressão sobre o sistema de saúde tem sido observado desde o começo de novembro. Segundo ele, o contexto exige “ações mais energéticas por parte do poder público”.
“As ações de educação e conscientização da população por parte das prefeituras e estado estão sendo atrapalhadas por trágicas estratégias de comunicação do governo federal, propagando desinformação, inclusive do próprio Ministério da Saúde. Por aqui, a aposta para evitar uma situação ainda pior no início de 2021 segue na esperança de que as pessoas entendam a gravidade da situação atual e passem a adotar com mais rigor todas as medidas de prevenção”, relata Bueno.
DRS – Campinas
Considerando todo o Departamento Regional de Saúde de Campinas (DRS-Campinas), do qual a RMC faz parte, os dados analisados pelo Observatório PUC também sinalizam um cenário preocupante: foram contabilizados na 51ª semana epidemiológica 6.920 casos e 93 óbitos, aumentos de 14,11% e 34,78%, respectivamente. Somente em Campinas, epicentro da pandemia na região, houve notificação de 1.392 infecções e 17 mortes.
Em Itatiba, de acordo com dados da Prefeitura, o total de casos ativos da doença até a última segunda-feira, 21, era de 503. Há, ainda, 43 óbitos confirmados e um sendo investigado.
Economia
Até o momento, o governo ainda não anunciou se irá prorrogar o auxílio emergencial. Para o economista Paulo Oliveira, do Observatório PUC, “sem medidas de proteção de renda e do emprego, e diante do cenário econômico e social, os efeitos de uma possível segunda onda serão devastadores para a economia brasileira e, consequentemente, para a economia regional”.