Rios das Bacias PCJ estão com vazão 36% abaixo da média histórica
Foto: PCJ / Divulgação
O Consórcio PCJ liberou, na última sexta-feira, 13, o Boletim Hidrológico produzido pela equipe técnica da entidade, com a compilação dos dados do mês de agosto e ensaio de comportamento hídrico futuro. As precipitações de chuva no período apresentaram índices acima do esperado, porém, não foi suficiente para melhorar as vazões dos Rios da região, que seguem com tendência de baixa.
Na região abrangida pelas Bacias PCJ, as informações indicam que as chuvas durante o mês de agosto de 2024 foram 14% acima da média histórica, totalizando 37,2 mm de precipitação, porém, concentradas em apenas quatro dias, o que não ajudou na recarga do lençol freático e na ampliação dos volumes nos rios que cruzam a bacia, já que as vazões permaneceram abaixo das médias históricas.
No mês de agosto de 2024, assim como nos meses anteriores do ano, as vazões dos rios permaneceram abaixo da média histórica. Os rios em questão apresentaram uma variação média de vazão 36% abaixo da média histórica para o mês de agosto, com destaque para o Rio Jaguari, em Cosmópolis, e o Rio Piracicaba, em Piracicaba, que registraram vazões na ordem de 67% e 49,4% abaixo do esperado, respectivamente.
O Sistema Cantareira apresentou uma maior redução em seu volume útil total em comparação ao mês anterior, operando ao término de agosto de 2024, com 57,5% de volume armazenado, portanto, a faixa de operação do Sistema Cantareira a ser considerada para o mês de setembro, passa a ser a “Faixa 2” (Vol ≤ 60%) – condição de ‘Atenção’ do Sistema.
Esses 57,5% de volume representam uma porcentagem menor em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o sistema operava em 72,9% (agosto de 2023). Em comparação com os últimos cinco anos, esse valor se configura como o segundo maior registrado para o final dos meses de agosto.
Para o mês de setembro de 2024, a previsão sugere uma tendência de chuvas na ordem de 10 mm acima ou abaixo da média.Vale ressaltar que a previsão de ocorrência do La Niña, para os próximos meses de setembro/outubro/novembro (SON), tende a apresentar chuvas abaixo das médias para o período para as regiões das Bacias PCJ.
Para esse inverno, as previsões indicam um cenário ainda característico do verão, com temperaturas acima da média, tanto em grande parte do território brasileiro quanto nos municípios localizados nas Bacias PCJ. Quanto às previsões de anomalias de precipitação, pelas projeções presume-se uma tendência de chuvas que podem variar entre 10 mm para mais ou para menos das médias do mês de setembro de 2024.
Para o trimestre subsequente (setembro/outubro/novembro de 2024), espera-se uma tendência de chuvas variando entre 10 mm acima da média (INMET) ou até 60 mm abaixo da média (INPE).
Esses resultados apontam para a importância do monitoramento dos padrões climáticos e a disponibilidade de água, principalmente em regiões expostas à secas e variações sazonais. Os municípios devem continuar implementando medidas para o armazenamento de água bruta e persistir com as iniciativas de conscientização da população para o uso sustentável da água, visando reduzir o desperdício.
O Consórcio mantém a Operação Estiagem, com orientações de enfrentamento da estiagem 2024 e sugestões de ações de contingenciamento, divididas em três graus de criticidade de atendimento do abastecimento de água: baixa dificuldade no atendimento de água ou fase verde, média dificuldade ou fase amarela, e alta dificuldade ou fase vermelha.
