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Por Redação

Resumo Paris 27/07: judô, remo e ginástica entram em ação

Time Brasil entrou em ação nas mais diferentes modalidades

Por Redação

Foto: COB

O Brasil teve um dia agitado de Jogos Olímpicos Paris 2024 neste sábado (27). Além do resultado expressivo na natação, outros atletas também competiram. O judô acabou eliminado cedo, enquanto o remo avançou às quartas de final no feminino e no masculino.

JUDÔ

O judô, modalidade que mais deu medalhas olímpicas ao Brasil, fez a estreia em Paris 2024 com dois judocas da categoria ligeiro. Na Arena Champs de Mars, Michel Augusto (60kg) e Natasha Ferreira (48kg) acabaram parando na fase eliminatória diante de confrontos com japoneses.

Quem foi mais longe foi Michel Augusto, de apenas 19 anos. O judoca fez a primeira luta contra Sebastian Sancho, da Costa Rica. O brasileiro conseguiu um waza-ari sobre o adversário bem mais experiente e avançou para a segunda rodada para enfrentar Ryuju Nagayama, do Japão.

Na luta contra o japonês, Michel se portou muito bem, ganhando o apoio da torcida que gritava o nome dele durante o combate. O incentivo parece ter dado resultado e o brasileiro teve mais entradas efetivas que o adversário, mas sem conseguir pontuação. A luta foi para o golden score, em que o brasileiro acabou sendo punido por uma entrada falsa e por segurar uma parte proibida do judogi do adversário.

"A gente fica um pouco triste, me preparei muito, sacrificando várias coisas. Dei o meu melhor, fui até o final. Esperava por uma luta difícil, mas queria ganhar. Sempre foi um sonho participar de uma Olimpíada, dei o meu melhor nos treinamentos e vou seguir assim para conseguir minha medalha olímpica. Não posso desanimar, daqui a 4 anos tem outra", avaliou.

Natasha Ferreira (48kg), de 25 anos, estreou contra Natsumi Tsunoda, do Japão, tricampeã mundial e considerada favorita da categoria, que conseguiu um waza-ari logo no início do combate e depois conseguiu uma chave de braço, para causar a desistência da brasileira. Após a luta, Natasha disse que esse é apenas o começo de sua caminhada olímpica e destacou a importância da presença do filho dela em Paris.

“Saindo daqui vou encontrar com ele e o abraço dele vai ser o melhor conforto que posso ter nesse momento. Isso aqui não foi um desperdício, isso aqui é uma olimpíada, então só de estar aqui é a concretização de muitos sonhos. É triste, mas tenho certeza que não é o fim. ainda tenho muita estrada pela frente e vou batalhar para estar em Los Angeles e conquistar minha medalha”.

Neste domingo, 28, é a vez de Larissa Pimenta (52kg) e William Lima (66kg). A competição de judô vai até o próximo dia 03/08, encerrando com a competição por equipes.

REMO

O Brasil garantiu duas vagas nas quartas de final dos Jogos Olímpicos com Lucas Verthein, no skiff simples masculino, e Beatriz Tavares, no skiff simples feminino. Os dois terminaram as baterias em terceiro lugar.

Semifinalista na última edição das Olimpíadas, Lucas fez um tempo de 06:54.96. Já Beatriz fez em 7:49.66. Ambos buscam a vaga na semifinal olímpica na próxima segunda-feira.

GINÁSTICA ARTÍSTICA

Diogo Soares brilhou e praticamente a classificação para a final do individual geral nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Mais experiente, sólido e bem seguro, o brasileiro pode chegar à segunda final olímpica com 81.999 pontos no somatório dos seis aparelhos.

Diogo terminou a manhã em sexto lugar. Ele precisa aguardar até o fim do dia para saber qual seria a classificação definitiva e e se ficará entre os 24 finalistas. O ginasta brasileiro ainda pode conquistar uma vaga na final da barra fixa. Os 24 melhores na soma da nota dos seis aparelhos conquistam a vaga na final do individual geral e os oito melhores em cada um dos seis entram nas finais por aparelho.

Diogo começou o dia nas argolas, cravou a saída e comemorou. A nota foi de 13,033. No salto, o ginasta foi muito bem na dupla pirueta e conquistou 14,200, apenas 0,033 abaixo do que ele fez na classificatória do último Mundial. Apesar de um desequilíbrio grande no meio da série de paralelas e pequenos saltos na saída, o brasileiro terminou com a nota de 13,933. A barra fixa foi o de maior destaque, com 14,133 de nota. No solo, Diogo terminou com 13,100, enquanto no cavalo acertou a série, comemorou e levou 13,600.

Já Arthur Nory se despediu de Paris. Campeão Mundial em 2019, o ginasta se apresentou apenas na barra fixa, onde é especialista. Um erro grave o tirou da final e o eliminou. Nory apostou na série mais difícil para a classificatória, mas não teve boa retomada no Liukin e perdeu o embalo.

"(O choro) É tristeza, é felicidade, é saber que eu consegui chegar aqui. Foi muito difícil todo o processo. Acho que as lágrimas falam muito por mim, mas acho que a gente tem um propósito e luta até o fim e eu vou estar aqui até o fim, torcendo", disse Nory, que se emocionou após a eliminação.

TIRO ESPORTIVO

No primeiro dia de disputa do tiro esportivo nos Jogos Olímpicos Paris 2024, Philipe Chateaubrian terminou em 31º lugar na Pistola de Ar 10m, com 561 pontos. Com esse resultado, o carioca, que fez sua estreia olímpica, não conseguiu uma vaga na fase final, a ser disputa deste domingo, 28.

“Encerro minha participação feliz e orgulhoso em representar o Brasil. Dedicação e empenho não faltaram em nenhum momento, da minha preparação até chegar aqui. Me preparei como pude e fiz o meu melhor. É claro que me entristeci com o desempenho, que não aconteceu da maneira que gostaria, mas, por outro lado, estar no posto de tiro dos Jogos Olímpicos de Paris faz parte da minha história esportiva na qual muito me orgulho”, analisou Chateaubrian.

Tem mais brasileiro em ação na modalidade neste domingo (28). Geovana Meyer tenta avançar na categoria carabina de ar 10 metros a partir das 4h15 (de Brasília).

ESGRIMA

Nathalie Moellhausen se despediu da quarta olimpíada na segunda fase da esgrima espada. A brasileira perdeu para a canadense Ruien Xiao, de 16 anos, por 15 a 11. Ela se sentiu mal faltando cerca de 1 minuto e meio para o fim. Quando voltou, até conseguiu tirar três pontos de vantagem, mas não virou.

BADMINTON FEMININO

A missão era duríssima: superar uma adversária de melhor ranking e quebrar um tabu histórico: nunca uma mulher brasileira venceu no badminton nos Jogos Olímpicos. Juliana Vieira se impôs no início, mas acabou superada pela tailandesa Supanida Katethon, número 16 do mundo, por 2 sets a 0 (21/16 e 21/19) na estreia em Paris 2024.

Na Arena La Chapelle, Juliana foi impetuosa no início da partida e chegou a ter três pontos de vantagem, com 11/8 no intervalo. A pausa fez bem à adversária, que passou a explorar com sucesso golpes mais curtos e fechou a parcial em 21/16. A tailandesa largou na frente no segundo set, mas Juliana conseguiu assumir a dianteira em 7/6. Chegou novamente à frente no intervalo com 11/10. A margem ainda cresceria para quatro pontos em 18/14, mas a tailandesa, mais experiente, conseguiu reverter o panorama e encerrar a partida com 21/19 na parcial.

“Antes de entrar na quadra eu estava quase que para desmaiar, numa atmosfera surreal. Estou até agora em choque. Eu estava liderando, mas acho que você chegar a não acreditar muito no que está acontecendo e deixa agir muito pela emoção. Realmente agi na emoção quando estava liderando. Eu poderia ter ganho. Mostrei do que sou capaz, mas acho que faltou um pouco mais de calma no coração, ponto após ponto”, disse a jovem atleta, de apenas 19 anos.

Juliana volta à quadra às 9h50 (horário de Brasília) da próxima segunda-feira (29) contra Lo Sin Yan Happy, de Hong Kong. Os fãs de badminton, no entanto, poderão torcer neste domingo por Ygor Coelho, que encara o japonês Kodai Naraoka pelo Grupo J. Nesta chave ele ainda terá o sul-coereano Jeon Hyeok Jin como adversário. Para avançar é preciso terminar em primeiro lugar no grupo.

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