Renan Dias Irabi apresenta dados da Pasta e responde dúvidas de vereadores
A Audiência Pública foi realizada na última sexta-feira, dia 22
Foto: Augusto Schiosi/CMI
Da Redação
A Câmara Municipal de Itatiba realizou, na última sexta-feira, dia 22, audiência pública da saúde. Foram apresentados os dados do segundo quadrimestre de 2023 pelo secretário municipal da pasta, Dr. Renan Dias Irabi.
O presidente da Comissão de Educação, Cultura, Saúde e Assistência Social, Cornélio da Farmácia (PL), presidiu a reunião. Estiveram presentes os vereadores Igor Hungaro (PDT), Washington Bortolossi (Cidadania), Roberto Penteado (PSD), Duguaca (Cidadania), Dr. Ulisses (PSD), Luciana Bernardo (PDT) e Serginho (PSDB).
Panorama da saúde entre maio e agosto
Até o período apresentado, foram arrecadados R$ 317.872.206,67, correspondendo a 68,41% da receita estimada. Do total da dotação orçamentária, a Prefeitura liquidou R$ 93.164.071,17, um aumento de 17,70% em comparação ao ano passado. O plano de despesas, de acordo com o secretário, “está sendo executado de acordo com o que foi pactuado”.
Sobre a gestão de recursos humanos na saúde, Dr. Renan destacou a inclusão, na rede, do CAI (Centro de Referência do Autismo). Foram realizadas 1.469 sessões de atendimento desde a sua abertura no final de julho.
Na atenção básica, foram realizados um total de 61.333 atendimentos de maio a agosto. Já as consultas com especialistas chegaram a um total de 2.516. Para combater o absenteísmo (taxa de faltosos) às consultas, a Prefeitura manteve o sistema de confirmação ativa de um a dois dias antes da consulta agendada, contribuindo para reduzir a porcentagem de faltas na rede.
Dúvidas dos vereadores
A vereadora Luciana Bernardo levantou algumas dúvidas durante a audiência, entre elas, a falta de médicos, violência no CAPS, a demora nos ultrassons e a expansão das unidades avançadas de saúde, questionando se poderiam operar 24 horas.
Sobre a falta de médicos devido a férias, o secretário explicou: "Há médicos de cobertura, mas às vezes eles trabalham em várias unidades. Em relação à segurança do CAPS, medidas já estão sendo adotadas, incluindo mais vigilantes e rondas da guarda municipal. Referente às unidades avançadas de saúde, estão sendo construídas em vários bairros, operando como unidades básicas durante o dia e oferecendo atendimento de pronto atendimento de baixa complexidade das 17h às 22h. Pode haver expansão de horários conforme necessário. Casos mais complexos são encaminhados para UPA ou Santa Casa”, esclareceu o gestor da saúde.
O vereador Washington Bortolossi questionou sobre como são realizados os pagamentos à Santa Casa, auditorias nos serviços da Secretaria de Saúde, responsabilidade pelas melhorias nos postos de saúde com pedido de um cronograma compartilhável e a avaliação do atendimento nas unidades de saúde, com foco no tempo de espera para consultas e exames.
Em esclarecimento, d’r. Renan respondeu: "Na Santa Casa, os procedimentos são pagos por produção e passam por auditoria antes do pagamento. Em relação a obras e melhorias, temos um cronograma anual, mas recursos limitados, o que às vezes nos obriga a desacelerar para não afetar exames e medicamentos. As unidades estão passando por reformas, embora não tão rapidamente quanto gostaríamos", explicou.
O vereador Serginho levantou alguns temas ao secretário da pasta, como o tempo de espera na Santa Casa e a possibilidade de adotar uma abordagem semelhante à UPA para desafogar os atendimentos nos dias em que o hospital está mais cheio. Em resposta, Dr. Renan considerou a possibilidade de aumentar o número de médicos no pronto atendimento da Santa Casa nos dias de maior demanda, como segunda e terça-feira. “A UPA é a referência inicial para casos de urgência/emergência, e investimentos estão sendo feitos para direcionar a população para lá. No entanto, é uma realidade que unidades de urgência/emergência costumam ter maior movimento nesses dias após os postos de saúde estarem fechados durante o fim de semana”, esclareceu.