Reconhecimentos de paternidade diminuem durante pandemia
Em 2020 e 2021, 58.218 recém-nascidos foram registrados somente com o nome da mãe, sendo 29.525 no primeiro ano de pandemia e 28.693 mil no segundo ano
Foto: Arquivo JI
De acordo com dados levantados pelos Cartórios de Registro Civil de São Paulo, durante o período de pandemia, mais de 58 mil crianças do estado foram registradas somente com o nome da mãe na certidão de nascimento.
Este número representa 5% dos recém-nascidos em São Paulo. O número de reconhecimento de paternidade também caiu, mais de 45%, quando comparado a 2019, último ano antes da pandemia.
Em 2020 e 2021, 58.218 recém-nascidos foram registrados somente com o nome da mãe, sendo 29.525 no primeiro ano de pandemia e 28.693 mil no segundo ano.
Dados dos Cartórios de Registro Civil de São Paulo mostram que os reconhecimentos de paternidade sofreram uma diminuição em meio à pandemia, passando de 26.135 atos realizados em 2019, para 14.513 em 2020.
Itatiba
Em Itatiba, no último ano antes da pandemia – 2019 – foram registrados 1.261 nascimentos, destes, 36 não tiveram o nome do pai registrado na certidão de nascimento. Já em 2020, primeiro ano da pandemia, o número de nascimentos caiu para 1.168; porém houve aumento no número de pais ausentes, subindo para 38.
Entre janeiro de 2021 e março de 2022, o município registrou 1.457 nascimentos; neste período, 57 crianças não tiveram o nome do pai na certidão de nascimento.
Com relação ao reconhecimento de paternidade, em 2019, o número foi de 73 atos, caindo para 30 em 2020. Já entre janeiro de 2021 e março de 2022, subiu para 53.
Morungaba
Morungaba, em 2019, registrou o nascimento de 125 recém-nascidos, sendo que cinco não tiveram o nome do pai em registro. Em 2020, foram 135 nascimentos e seis foram registrados apenas pela mãe.
Já entre janeiro de 2021 e março deste ano, foram registrados 177 nascimentos; destes, oito não foram registrados pelo pai.
Em relação ao reconhecimento de paternidade, em 2019, houve apenas um ato na Estância Climática, caindo para zero em 2020. Entre 2021 e março de 2022, foram realizados três atos.
No Brasil
Os dados levantados indicam que, no Brasil, nos quase dois anos de pandemia, mais de 320 mil crianças foram registradas somente com o nome da mãe na certidão de nascimento. Os reconhecimentos de paternidade caíram mais de 30% quando comparados com 2019.
Em números, 327.806 recém-nascidos em 2020 e 2021 foram registrados apenas com o nome da mãe, sendo 160.407 no primeiro ano de pandemia, e 167.399 no segundo ano.