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Por Redação

PUC-Campinas recebe exposição de esculturas originárias de diversos países africanos

As 47 peças que serão apresentadas pertencem ao acervo do Instituto Cultural Babá Toloji

Por Redação

Foto: Divulgação

O Centro de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros Dra. Nicéa Quintino Amauro (CEAAB) da PUC-Campinas, popularmente conhecido como Centro Afro, promove, de 22 de agosto a 5 de setembro, como parte das ações de celebração de um ano de sua criação, a exposição “Esculturas Africanas - A Essência da Tradição e Criatividade”. A cerimônia de abertura acontece no próprio dia 22, amanhã, às 19h.

Com curadoria do Museu Universitário da PUC-Campinas, a exibição celebra a rica herança cultural e a extraordinária habilidade artística dos povos africanos em 47 peças vindas de vários países do continente. Os exemplares pertencem ao Instituto Cultural Babá Toloji, localizado aqui em Campinas e que contém o maior acervo de peças africanas da América Latina, com um total de cerca de 11.500 unidades.

Com entrada gratuita, a mostra está instalada no próprio Centro Afro, localizado no Campus I da Universidade e ficará aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 21h.

Sobre as obras

A variedade de esculturas exibidas ilustra a diversidade de estilos, técnicas e significados presentes em toda a África e o público poderá encontrar uma vasta gama de formas e materiais. As artes expostas vão desde figuras humanas e animais até representações abstratas, feitas de materiais como madeira, pedra e bronze, que abrangem desde as elegantes figuras alongadas dos povos dogon até as poderosas formas antropomórficas das culturas fang e bakongo.

A apresentação está organizada em três eixos temáticos que exploram diferentes aspectos da escultura africana: a “Galeria dos Ancestrais”, onde as peças representam figuras de reverência e proteção; “Deuses e Espíritos”, que destacam a iconografia religiosa e espiritual; e “A Vida Cotidiana”, que ilustra cenas e figuras do dia a dia africano.

Homenagem

Localizado em Campinas, o Instituto Cultural Babá Toloji, mantido pela Comunidade da Tradição do Culto Afro, completou 25 anos no último dia 20 de junho. O responsável pela guarda desse patrimônio é Luiz Antonio Castro de Jesus, mais conhecido como Toloji, que completou, também no último dia 20 de junho, oitenta anos e, por isso, será homenageado durante a abertura da exposição.

Outros eventos

Além da exposição, as celebrações de um ano de criação do Centro Afro, no entanto, contam com outros eventos.

Nesta quinta-feira, dia 21 de agosto, às 14h, no Mescla do Campus I, será exibido o filme “Medida Provisória”, de Lázaro Ramos, seguido de um debate promovido pelo teólogo, filósofo e sociólogo Prof. Me. Arnaldo Lemos Filho.

Amanhã, dia 22 de agosto, às 18h, a presidente da Associação dos Religiosos de Matriz Africana de Campinas e Região (Armac), Comendadora Edna Almeida Lourenço, palestrará em meio ao grupo de estudo “Cosmovisão e Tradição dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana”.

No dia do aniversário

Ao longo desta sexta-feira, dia 23 de agosto, das 9 às 17h, aniversário do CEAAB, será promovida, na área externa da Praça de Alimentação do Campus I, uma feira com produtos de origem africana e a apresentação do DJ Edmilson, discotecando canções das décadas de 1970, 1980 e 1990. À noite, às 19h, no Campus I, será realizada a cerimônia oficial de aniversário de um ano da implantação do local.

Por fim, no dia 28 de agosto, às 7h30, será realizada a última palestra do rol de eventos referentes ao aniversário do Centro Afro: “Cultura Alimentar: Coma e Aprenda”, com o sacerdote Okun Olola, dirigente e comandante-chefe do terreiro “Tenda Pai Cipriano”.

Pela humanização e o bem-viver

De acordo com a presidente da Associação dos Religiosos de Matriz Africana de Campinas e Região (Armac) e uma das responsáveis pelo Centro Afro, a Comendadora Edna Almeida Lourenço, o lugar, desde a sua fundação, “vem em um crescente, realizando uma série de ações e se tornando, cada vez mais, um lugar de movimentação e efervescência, sempre com o compromisso da pauta racial”.

Ela ressalta ainda a presença dos parceiros na implantação e manutenção desta empreitada, como os departamentos vinculados diretamente à Reitoria da PUC-Campinas, o Centro de Referência em Direitos Humanos na Prevenção e Combate ao Racismo e a Discriminação Religiosa, a Frente Regional de Combate ao Racismo e Todas as Formas Conexas de Discriminação de Campinas e Região e diversas frentes do Movimento Negro de Campinas.

“Esses parceiros enriquecem demais esse espaço e a luta por um país mais justo, pois são comprometidos com a causa, e, com competência, essas pessoas, altamente capacitadas, trazem em sua leitura e em sua fala a importância de a gente combater o racismo através da humanização e do bem-viver”, explica a Comendadora.

Edna encerra dizendo que falar da África é falar “da humanidade, de onde tudo começou, da força da contribuição dada pelo negro para o desenvolvimento social, cultural e econômico do Brasil. É sobre essa África que nós queremos falar. Essa é a África que nós estamos apresentando a todos na PUC-Campinas”.

Sobre o Centro Afro

Fundado em 23 de agosto de 2023 como uma unidade institucional da PUC-Campinas, em pleno Dia Internacional em Memória do Tráfico de Escravos e sua Abolição, o Centro Afro é integrado pela comunidade acadêmica interna e pela sociedade civil organizada, representada pelo Movimento Negro de Campinas, que, ciente do racismo estrutural presente na sociedade contemporânea, busca ampliar o diálogo com as diferentes comunidades e estabelecer parcerias que visam à transformação da cultura racista vigente.

Constituído a partir de esforços de docentes e discentes comprometidos com a luta antirracista, que, desde 2018, se reuniam para estabelecer um protocolo permanente de igualdade racial, o compromisso da entidade é o de disseminar conhecimento; enfrentar o racismo institucional, a discriminação racial e as intolerâncias correlatas; desenvolver ações afirmativas de combate ao racismo e em respeito à diversidade cultural; e propor, implementar, executar e avaliar ações para a educação étnico-racial nos âmbitos do Ensino, da Pesquisa e da Extensão da Universidade.

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