Proposta da Unicamp, construção de hospital regional agrada prefeitos da RMC
Marquinho de Oliveira, prefeito de Morungaba, e Thomás Capeletto, prefeito de Itatiba, participaram da reunião em Americana
Foto: Rodrigo Marques / PMM
Da Redação
Na última terça-feira, 17, prefeitos da Região Metropolitana de Campinas (RMC), incluindo Thomás Capeletto (Itatiba) e Marquinho de Oliveira (Morungaba), estiveram reunidos em Americana para discutir a proposta da Unicamp de construir um hospital que atendesse a toda a região.
De acordo com publicação do jornal Correio Popular, a ideia dos prefeitos é ter na região um complexo que dê suporte aos municípios que compõem o Departamento Regional de Saúde da 7ª Região (DRS-7) e que possibilite ampliar o atendimento do sistema público de saúde das cidades que integram a RMC. A principal preocupação das autoridades regionais é reduzir a fila de espera da Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (Cross) do governo estadual.
A sugestão de construção do hospital metropolitano foi apresentada pelo diretor executivo da área de Saúde da Unicamp, Oswaldo da Rocha Grassiotto. Segundo ele, há a possibilidade da doação de uma área de 40 mil metros quadrados, próximo ao Hospital de Clínicas em Campinas, para a construção do novo complexo.
Com investimento inicial em torno de R$ 400 milhões, o hospital teria capacidade de atendimento de casos de média complexidade e contaria com 400 leitos à disposição dos pacientes da RMC. O custo da obra seria de responsabilidade do Estado, e a Unicamp se responsabilizaria pelo contrato de gestão, porém a operação e os custos ficariam a cargo da Secretaria Estadual de Saúde.
Variante Delta
Os prefeitos da RMC também discutiram sobre ações de enfrentamento à variante Delta da covid-19. A preocupação dos gestores aumentou depois de a Secretaria de Estado da Saúde confirmar, semana passada, o primeiro caso da variante na região, registrado em Valinhos. Mesmo preocupados, os prefeitos decidiram por apenas manter o monitoramento nas cidades e não propuseram nenhuma outra medida.
Ainda, segundo reportagem do Correio, o professor Luís Carlos Dias, que integra a força tarefa da Unicamp no combate à pandemia, afirmou que as vacinas estão ajudando a diminuir o número de internações e óbitos, mas alertou para a falsa sensação de término da pandemia. “Essa falsa sensação de que a pandemia está acabando é perigosa. Não tivemos queda sustentada dos números”, disse.
Dias ressaltou que o Brasil ainda não atingiu 50% da população vacinada com as duas doses e, para começar a sair de uma pandemia, é necessário ter, pelo menos, 80% da população imunizada.