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Por Redação

Projeto de basquete em escola estadual ganha destaque e vira programa escolar da NBA

Atualmente, 70 alunas participam da iniciativa que começou há 9 anos e é apadrinhada pela ex-jogadora da seleção Alessandra

Por Redação

Foto: Govesp

O projeto de basquete Instituto Recanto Basketball, que existe há 9 anos na Escola Estadual Recanto Verde Sol, na zona leste da Capital, agora faz parte da NBA Basketball School, a escola de basquete da NBA (National Basketball Association), a liga do esporte nos Estados Unidos e a principal no mundo.

“O projeto começou com treinamentos na escola e logo partimos para as competições. As meninas são bicampeãs nos Jogos Escolares do Estado de São Paulo (2018 e 2019) na Capital e três delas foram selecionadas para fazer parte da equipe sul-americana que jogou no Campeonato Mundial Júnior da NBA, em Orlando, em 2018”, conta Rodrigo Mussini, que dá aulas na escola e dirige o projeto, que hoje tem 70 jogadoras, todas alunas da unidade.

O anúncio da parceria com a NBA foi feito na escola nesta sexta-feira (25), com a presença do Secretário Estadual de Educação, Rossieli Soares. Com cem unidades espalhadas pelo Brasil, essa é a primeira NBA Basketball School, programa que aplica o método de ensino do basquete de maior sucesso no mundo para crianças e jovens de 6 a 18 anos, em uma escola pública e sem custos para os participantes.

“O que faz a diferença nas escolas são as pessoas. Nós estamos inclusive com um projeto para incentivar a prática do basquete em outras unidades, assim, nós convidamos o professor Rodrigo Mussini para nos ajudar nessa missão”, disse Rossieli Soares.

Jogar na NBA é o sonho de todo atleta de basquete, mas poucos brasileiros tiveram a chance de disputar a famosa liga norte-americana e este foi o caso da ex-pivô da Seleção Brasileira e da WNBA (a liga feminina), Alessandra Santos de Oliveira, que é madrinha do projeto Instituto Recanto Basketball e partir de hoje dá nome à quadra da escola.

Uma das participantes do programa é a estudante Kathllen Suzuki (16) que faz parte da iniciativa desde os 11 anos. Em 2018, ela também teve a oportunidade de participar da NBA Jr em Orlando, nos Estados Unidos.

“Foi por meio do basquete que eu passei a controlar mais o sentimento de competitividade e que também possibilitou que eu conhecesse outros locais como Ilhabela e Orlando”, disse.

A ex-aluna Raiane Dias (17) estudou na escola de 2009 a 2017. Ela ingressou no projeto desde o início, atualmente joga profissionalmente e é federada pela seleção brasileira de basquete feminino.

“É muito gratificante ver o quanto o esporte pode transformar a vida dessas meninas, assim como foi na minha vida. Hoje em dia o projeto cresceu, agora são 70 alunas e graças ao professor Rodrigo que está possibilitando para as alunas a transformação de vida por meio do esporte”, declarou Raine, que agora volta à escola para auxiliar as alunas nos treinos junto ao professor Rodrigo.

Basquete para Escolas Estaduais

Na ocasião, o Secretário também anunciou que está em andamento a elaboração um projeto que deve formar jogadores de basquete em mil escolas estaduais. Para dar seguimento a esta proposta, Rossieli convidou o professor Rodrigo para coordenar o trabalho dentro da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. O convite também foi feito à ex-jogadora para consultoria.

“Receber um convite para contribuir com a minha experiência no projeto da Seduc é muito importante. O basquete é muito mais que um esporte e minha missão é inspirar e mostrar que o basquete pode promover muitas transformações na vida das alunas”, disse Alessandra, medalha de ouro no Mundial 1994, prata olímpica em Atlanta 1996 e bronze olímpico em Sydney 2000.

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