Poluição do ar na região de Campinas está acima do recomendado pela OMS
Foto: Polícia Rodoviária
A poluição do ar em áreas de Campinas e cidades da região tem ultrapassado os níveis considerados bons pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e também pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Na média de 24 horas medida em 27 de outubro, por exemplo, o nível de ozônio na região do Taquaral, em Campinas, é 62 μg/m3 (microgramas por metro cúbico), o que é considerado um nível moderado. O nível considerado bom pela Cetesb é entre 0 e 40. Americana, Paulínia e Piracicaba também apresentaram níveis moderados.
Já a região da Vila União, em Campinas, registrou nível de 42 μg/m3 para o poluente MP2,5, as partículas inaláveis finas. O nível é considerado moderado pela Cetesb, e está bem acima dos 15 μg/m3 preconizados pela OMS. Em relação ao poluente MP10, as chamdas Partículas Inaláveis, Limeira e Piracicaba, com 52 μg/m3 e 41μg/m3, respectivamente. Níveis considerados moderados pela Cetesb. A OMS define como limite diário 45 µg/m3.
O engenheiro e presidente do Plano Nacional de Qualidade do Ar Interno, Leonardo Cozac, afirma que medidas para melhorar a qualidade do ar estão sendo tomadas, mas este é um processo que leva anos. Cozac afirma que é preciso adotar ações para melhorar o ar de ambientes fechados, como uso de umidificadores, por exemplo. É o que ressalta também Marcelo Munhoz, presidente da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento. E além dos problemas de saúde, a poluição do ar acaba resultando também em muita sujeira em diversos ambientes internos, conforme relata Elaine Oliveira, que é responsável por uma loja de bolos.
Dados da OMS indicam que 7 milhões de mortes ao ano no mundo são decorrentes de complicações causadas pela poluição do ar, e 90% da população mundial vive em cidades com níveis de poluição acima do adequado para os seres humanos.
* com informações da Rádio CBN Campinas