Polícia Civil registra caso em escola de Valinhos como injúria racial
Foto: Reprodução
As investigações para apurar o caso do adolescente vítima de ataques racistas em um grupo de Whatsapp de uma escola continuam. De acordo com o Delegado Deinter-2 de Campinas, José Henrique Ventura, o episódio está sendo mantido em sigilo, por se tratar de menores de idade, e foi registrado como injúria racial.
O Colégio Porto Seguro, de Valinhos, emitiu uma nota informando que após apuração interna, oito alunos acusados de racismo, xenofobia e apologia ao nazismo foram desligados da instituição.
Em nota, o advogado Ralph Tórtima Filho, que representa um grupo de 5 alunos, informou que se surpreendeu com a decisão do colégio e disse que o desligamento dos estudantes foi precipitado. Ele justifica que os fatos ocorreram no domingo, imediatamente após o resultado das eleições, portanto fora do contexto escolar.
O delegado Ventura explica que, nesse caso, a Polícia Civil apenas recebe os materiais, mas a decisão do que cada um cometeu fica a critério do Ministério Público.
O caso veio a público no último dia 02. O jovem foi adicionado por colegas da escola em um grupo no Whatsapp chamado “Fundação Antipetismo”. Várias imagens de teor racista, xenofóbico contra nordestinos, e até com referências ao ditador nazista, Adolf Hitler, e também o fascista Benito Mussolini, foram enviadas. Além de mensagens como “Quero que esses nordestinos morram de sede” e em apoio a “Reescravização do Nordeste”
A mãe do adolescente, a advogada Thaís Cremasco, afirma que o filho era o único negro no grupo, e que as mensagens seriam para atingi-lo. Por isso, com os prints das conversas do grupo fez a denúncia à Polícia Civil.
* com informações da Rádio CBN Campinas