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Por Marcio

Pichadores presos integram grupo articulado

Ousadia e impunidade levam bando a organizar, assinar e divulgar a sujeira

Por Marcio

Agentes do 13º Distrito Policial (DP), de Campinas, identificaram e indiciaram um autônomo, de 29 anos, e um ajudante de pintura, de 28 anos, por pichação e associação criminosa, na manhã desta quarta-feira (12), em Campinas. Um deles pichou ao menos dois estabelecimentos no bairro Cambuí, região nobre da cidade, e três no centro. Segundo o investigador-chefe, Marcelo Hayashi, eles integram um grupo formado por ao menos dez pessoas, que se dividem para fazer suas marcas em prédios e estabelecimentos comerciais. Os nomes dos pichadores não foram divulgados pela polícia.

Os policiais civis chegaram aos suspeitos após um comerciante registrar Boletim Ocorrência, no dia 8 do mês passado, denunciando sobre uma pichação ocorrida três dias antes, em seu comércio, localizado na Rua General Osório.

Os agentes analisaram as escritas e descobriram o grupo de pichadores. Eles também examinaram imagens do circuito de câmera do local e identificaram uma moto, usada na ação. Pelas imagens, o autônomo chega pilotando uma moto, desce e tira um spray da cintura e entrega a moto para o ajudante de pintura, que estaciona ao lado do estabelecimento enquanto o amigo picha a porta do comércio. A ação dura poucos minutos.

O ajudante de pintura chega a filmar o “trabalho” do comparsa, que supostamente é divulgado nas redes sociais. “Através da placa da moto, chegamos a um dos autores e depois ao seu comparsa”, contou Hayashi.

De acordo com os policiais, os pichadores costumam deixar suas assinaturas, o que contribuiu para a identificação deles. Os suspeitos confirmaram a autoria das pichações.
Segundo Hayashi, diversos grupos de pichadores se reúnem, às sextas-feiras a noite, no Centro de Convivência, para exibirem suas ações criminosas e também planejar novos atos de pichações em comércios ou prédios da cidade. Eles consideram as pichações como obras de arte e ostentam em redes sociais como uma disputa. “Trata-se de um delito que provoca uma sensação de deterioração do bairro, causando um temor em quem deseja abrir um comércio, escritório ou clínica na região, afastando com isso postos de trabalho”, disse o delegado Cássio Vita Biazolli. “Esse combate pela polícia necessita sempre do auxílio do proprietário do imóvel atingido, com o registro do BO, que pode posteriormente pleitear dos autores o ressarcimento dos prejuízos sofridos”, acrescentou.

Os policiais constataram que neste ano, um dos suspeitos foi pego com outros parceiros, pela Guarda Municipal de São Paulo, realizando pichações na região da Grande São Paulo. O crime teria acontecido no dia 1º de Maio, Dia do Trabalhador, na fase do isolamento social devido a pandemia. Na época foi elaborado boletim de ocorrência, na região da Sé. Também foi constatado, no dia 5 deste mês, que o suspeito agiu na região de Barueri. O grupo também foi detido pela guarda e foi elaborado um Termo Circunstanciados (TCO) e foram liberados.

Em Campinas, os suspeitos foram detidos pela Polícia Militar (PM), no dia 13 de maio, quando pichavam na região da Vila Teixeira. Também foi elaborado um TCO. “Com o trabalho de investigação da Polícia Civil, esta ação foi também caracterizada como associação criminosa, delito com pena mais severa, isto pelo planejamento do grupo nas ações, número de integrantes e repetidas condutas criminosas cometidas em Campinas, Jundiaí e São Paulo”, destacou Biazolli.

Em depoimento, a dupla alegou vicio no que faz se comprometeu a deixar esse ato de pichações.

Fonte - Agência Anhanguera

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