Pessoas com mais de 80 anos têm 3,6% de chances de morte quando infectadas
Ao JI, dr. Ulisses Geraldini afirmou que, "embora não pareça uma probabilidade muito alta, na Itália foi registrado que 83% das mortes eram de pessoas com mais de 60 anos"
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Foto: Reprodução / Dr. Ulisses
Da Redação
O medo do novo cornavírus assombra a todos, no entanto, os idosos são a parcela da população em que o vírus se torna mais preocupante. Conforme explicou o anesteosiologista e coordenador médico do Gerenciamento de casos crônicos da Unimed, dr. Ulisses Geraldini Junior, “os vírus podem aproveitar o atraso do sistema imunológico dos idosos, e, assim, se apoderar rapidamente do corpo, ocasionando a doença e até a morte”.
Os pacientes com idades entre 60 e 70 anos têm uma probabilidade de 0,4% de morte; já aqueles com 70 a 80 anos, a chance vai para 1,3%; e os com mais de 80, passa a 3,6%. “Embora não pareça uma probabilidade muito alta, na Itália foi registrado que 83% das mortes eram de pessoas com mais de 60 anos”.
Vacina contra a gripe
Apesar de não proteger contra o novo coronavírus, a vacina contra a gripe é uma maneira de resguardar os mais vulneráveis contra doenças respiratórias, que podem impactar o sistema imunológico e favorecer o aparecimento de outras infecções. “Além disso, a vacina reduz o impacto sobre os serviços de saúde, pois os sintomas do coronavírus são muito semelhantes aos da influenza e essa antecipação visa reduzir a carga de circulação desta doença na população, sendo também uma forma de auxiliar os profissionais de Saúde a descartarem as influenzas”, explicou dr. Ulisses.
Distanciamento social
O covid-19 é transmitido principalmente pela tosse, que pode espalhar pequenas gotículas de saliva pelo chão, que podem ser inaladas e entrar nos pulmões, por isso, segundo explica o médico, “manter a distância de pelo menos um metro e meio de outras pessoas ajuda a reduzir significativamente o risco de ser infectado por essas gotículas de aerossóis. Mas ainda existe a possibilidade de o vírus contaminar as superfícies em que a pessoa infectada tocou ou na qual tossiu. No entanto, a melhor maneira de proteger os idosos e as pessoas do grupo de risco é ficar longe delas, usar máscaras e higienizar as mãos”.
