Pelé diz adeus à seleção brasileira e itatibenses ficam com a bola da memorável despedida
Quarenta itatibenses partiram para o Rio de Janeiro pela Massaretti Turismo, para assistir Brasil x Iugoslávia no Maracanã, que marcava a despedida do Rei Pelé do selecionado canarinho
No dia 16 de julho de 1971, quarenta itatibenses partiram para o Rio de Janeiro pela Massaretti Turismo, para assistir Brasil x Iugoslávia no Maracanã, que marcava a despedida do Rei Pelé do selecionado canarinho. A hospedagem foi no Hotel OKBragança e no sábado
todos aproveitaram para conhecer as maravilhas do Rio de Janeiro, inclusive seus shows à noite.
O JOGO E A FESTA
O Brasil enfrentou a seleção da Iugoslávia, e a partida - terminou empatada em 2 x 2. Marcaram para o selecionado canarinho, Gerson e Rivelino. Zagalo foi o técnico escalando time com: Felix, Zé Maria (Eurico), Brito, Piazza e Everaldo (Marco Antonio). Clodoaldo,
Gerson e Zequinha. Vaguinho, Pelé (Claudiomiro) e Rivelino. Hoje a Iugoslávia não existe mais, dividindo-se entre vários países independentes como Sérvia, Croácia, Montenegro.
Ao terminar o primeiro tempo, Pelé deu uma volta olímpica tirando a camiseta canarinho com aplausos e o coro de mais de 140 mil torcedores presentes gritando “Fica Pelé, Fica
Pelé”, mas ele não voltou para o segundo tempo, e nunca mais atuou pela seleção brasileira.
A “ROUBADA” DA BOLA
Num dos ataques do time iugoslavo, o seu ponta esquerda deu um chute forte e torto,
e a bola foi parar justamente onde estava a caravana de itatibenses. Foi quando o Luís Antônio Hercules “Goteira” - falecido - espertamente abraçou a Nº5, colocando-a embaixo
das pernas.
A preocupação ficou para a saída do estádio com o “produto”, mas foi feita uma “roda
humana em volta do Goteira”, a bola foi levada para o ônibus e trazida para Itatiba, “sã e salva”. Todos os 40 itatibenses apuseram seus autógrafos no verdadeiro troféu, que hoje, depois de meio século, está bem guardado com a Neide, esposa do Goteira.
INGRESSO E PASSAGEM
Estamos publicando o fac-simile do ingresso e da passagem da Massaretti Turismo (confira na edição impressa do JI deste sábado, 17), guardada até hoje com muito carinho pelo José Maria Godoi, que esteve presente naquele dia no Maracanã, para ver a despedida do maior jogador de futebol de todos os tempos, e que ainda jogou por um período pelo Santos e depois foi para o Cosmos de Nova York, para incrementar o futebol nos Estados Unidos, ali ficando até 1977.
LIVRO DO PELÉ
O Jornal de Itatiba tem em sua biblioteca um livro da história de Edson Arantes Nascimento, de Nº 321, de um total de 1.000 em todo o mundo, que foi adquirido junto à Livraria Pontes.
O exemplar da Gloria Books pesa simplesmente 16 quilos, é escrito em inglês e conta com centenas de fotos coloridas e em preto e branco, maravilhosas, desde sua vida particular, junto às maiores autoridades do universo, assim como de lances e de equipes que defendeu, começando no “Baquinho” de Bauru, do Santos que o revelou, seleções que integrou
com os grandes títulos mundiais, iniciados com a Copa de 1958 na Suécia, 1962 no Chile e 1970 no México, além do Cosmos de Nova York, onde encerrou a carreira.
