Pediatra alerta sobre a importância da vacina contra o sarampo
O Ministério da Saúde recomenda uma ‘dose zero’ para crianças de seis a 11 meses, que é considerada zero porque não substitui as vacinas do calendário
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Foto: Reprodução
Da Redação
Os dados epidemiológicos mais recentes do Ministério da Saúde já contam com 2.805 novos casos de sarampo apenas este ano no Brasil. Pará, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina concentram o maior número de casos confirmados, em torno de 96,3%. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, por conta da pandemia causada pela covid-19, cerca de 117 milhões de crianças no mundo ficarão sem a vacina contra o sarampo.
Segundo a pediatra, alergista e imunopatologista dra. Claudia Lobo Cesar, “o sarampo é uma doença viral grave e altamente contagiosa, que pode evoluir para complicações e até a morte, principalmente em crianças pequenas”.
Vacinação
A vacina é a única forma de prevenção para combater o avanço do sarampo no País. O Ministério da Saúde recomenda uma “dose zero” para crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias; é considerada dose zero, pois não substitui as vacinas do calendário nacional de vacinação, onde a primeira dose é dada aos 12 meses e uma segunda dose aos 15.
Segundo afirma dr. Marco Aurélio Safadi, pediatra e infectologista do Hospital Samaritano, “os riscos que existirão após o fim do isolamento são muito grandes caso o calendário não seja seguido. Algumas dessas doenças podem ser devastadoras, especialmente em crianças pequenas e recém-nascidos, e podemos ter problemas ainda mais graves do que os apresentados pelo coronavírus”.
“Enquanto as crianças estão em casa, estão relativamente protegidas, mas e quando terminar o isolamento social e elas voltarem para as suas atividades?”, lembra dra. Claudia. “É muito importante que a população tenha consciência não apenas de continuar buscando ajuda médica principalmente nos ambulatórios médicos dos postos de saúde como também nos consultórios particulares, mesmo durante esta época de pandemia”, completa.