Parceira desiste e Luisa Stefani segue apenas nas duplas mistas no Australian Open
Norte-americana Caty McNally desistiu do torneio uma hora antes da partida de estreia. Luisa joga mistas ao lado de Rafael Matos
Foto: Tennis Australia
Luisa Stefani, número 34 do mundo, não vai jogar a chave de dupla feminina do Australian Open. Sua parceira, a norte-americana Caty McNally, desistiu do torneio, com lesão na coxa, uma hora antes da partida da estreia que seria contra as australianas Jaimee Fourlis e Astra Sharma. Assim, Luisa só seguirá na chave de duplas mistas ao lado de Rafael Matos, com estreia marcada para a madrugada de sexta-feira às 0h30, contra a dupla chinesa formada por Zhizhen Zhang e Xinyu Han na quadra 15.
"Infelizmente minha parceira se retirou. Situação muito dura e fora do meu controle. Bola pra frente de cabeça erguida e levando as boas energias da United Cup e da semana passada para a dupla mista com o Matos amanhã. Amo o Australian Open e vou aproveitar esse tempo aqui até o final. Um dia de cada vez. Vamos!", destacou a atleta, que é patrocinada pela Fila e Faros Invest, é embaixadora XP COB e conta com os apoios da Liga Tênis 10 e Bolsa Atleta.
Desde que voltou da lesão no joelho em setembro, Luisa jogou sete torneios e venceu quatro. Além de Adelaide, ganhou o WTA 1000 de Guadalajara e o WTA 250 de Chennai. Conquistou ainda o WTA 125 de Montevidéu, no Uruguai, com a carioca Ingrid Martins. O Aberto da Austrália é seu primeiro Grand Slam desde o US Open de 2021 quando se machucou.
Fazendo história na carreira - Luisa Stefani, 25 anos, começou a jogar tênis aos 10 anos, na B.Sports, no bairro de Perdizes, em São Paulo (SP), onde nasceu. Disputou as chaves principais dos quatro Grand Slams juvenis e foi à semifinal de duplas do US Open juvenil em 2015, quando chegou à 10ª posição do ranking mundial juvenil. Foi para os Estados Unidos para estudar e jogar tênis. No circuito universitário jogou pela Pepperdine University, na Califórnia. Entre 2015 e 2018, ainda no circuito universitário americano, dedicou-se parcialmente ao circuito profissional da ITF. Optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018.
Ganhou destaque nas duplas no profissional e começou a colher resultados em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent. Em 2020, ganhou o WTA 125 de Newport Beach e comemorou o título do WTA de Lexington. Terminou o ano como 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas. Em 2021, foi à final no WTA 500 de Abu Dhabi, alcançando o top 30 - primeira tenista do Brasil desde 1976. E o vice-campeonato do WTA 1000 de Miami fez com que subisse para a 25ª posição - então a melhor de uma brasileira desde que o ranking WTA foi criado em 1975.
Nos Jogos de Tóquio, conquistou a inédita medalha de bronze olímpica para o Brasil ao lado de Laura Pigossi. Continuou subindo no ranking e chegou a ocupar o nono lugar no início de 2022. No retorno ao circuito, após a cirurgia no joelho, conquistou três títulos neste final de temporada 2022: WTA 250 de Chennai, na Índia, WTA 1000 de Guadalajara, no México, e WTA 125 de Montevidéu, no Uruguai, retornando ao Top 50 no ranking da WTA.