Para diretor clínico da Santa Casa, jovens não respeitam distanciamento e disseminam o vírus
Carlos Lemes ressaltou que a Santa Casa e a Prefeitura estão tomando as medidas possíveis para enfrentar a pandemia e pediu para que a população faça sua parte
Foto: Arquivo JI
Da Redação
Em entrevista à reportagem da CRN ontem, 15, o secretário adjunto e diretor clínico da Santa Casa, dr. Calos Lemes, afirmou que pessoas com idades entre 20 e 39 anos estão sendo infectadas por coronavírus, porém, segundo ele, não são casos que requerem internação, o que pode aumentar a disseminação do vírus, já que a maioria dos jovens não respeita o distanciamento social. “Os mais velhos têm ficado dentro de casa para evitar aglomerações, mas os jovens acham que já acabou a pandemia, que não há perigo. Isso possibilita o aumento exorbitante da doença”, comentou o secretário.
Lemes chegou a afirmar que os jovens estão levando a covid-19 para dentro de casa, colocando em risco toda a família, principalmente os mais velhos. “Para os jovens, peço sinceramente que coloquem a mão na consciência, porque serão os responsáveis diretos pela doença e talvez pela morte de alguns de seus pais e avós, que estão se cuidando, não saindo de casa. Quem está levando a doença para dentro de casa são os mais jovens”, disse.
O secretário adjunto ressaltou que a Santa Casa e a Prefeitura estão tomando as medidas possíveis para enfrentar a pandemia e pediu para que a população faça sua parte, evitando aglomerações, utilizando máscaras e álcool em gel. “A população tem que evitar aglomerações, principalmente durante as festividades de Natal e Ano Novo. Se a situação não melhorar, não sei o que será em janeiro”, comentou.
Até ontem, todos os leitos da Santa Casa disponíveis para covid-19 estavam ocupados.
Vacinação
Sobre a vacina contra a covid, assunto que se tornou motivo de briga política no Brasil, principalmente entre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Lemes disse que tem acompanhado a discussão entre os colegas médicos, e citou, inclusive, uma conversa que teve recentemente com o dr. Esper Kallás, da USP. “Em conversa ontem [segunda-feira] com ele, me disse que a vacinação, na melhor das hipóteses, começa no final de janeiro, talvez seja mesmo a Coronavac, a que está mais adiantada para nós”. Lemes disse que o médico da USP garantiu que a Coronvac é totalmente confiável.
Questionado sobre a distribuição da vacina em Itatiba, o secretário adjunto afirmou que o município já tem uma programação para receber todos os materiais necessários, seringas, agulhas, etc, mas que ainda não há um cronograma definido em relação às doses.