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JI/Lucas Selvati

Da Redação

A Síndrome de Péssimos Pais ocorre quando os pais deixam a desejar na educação e no convívio saudável com seus filhos, quando a fase de desenvolvimento dos filhos não é acompanhada pelos responsáveis.

A pedagoga, psicopedagoga e neuropsicóloga de desenvolvimento infantil, Adriana Cristina de Oliveira, em entrevista ao Jornal de Itatiba – JI, afirma que acredita que os pais, hoje em dia, preocupam-se mais com suas profissões, status, e infelizmente a tecnologia em muitos casos atrapalha em vez de ajudar.

“Hoje, o que vemos são pais ausentes de carinhos, de pegar nas mãos dos filhos, ao atravessar a rua, pois as mesmas estão ocupadas segurando o aparelho celular e digitando. Vejo isso com muita frequência, crianças muito pequenas andando sozinhas, embora a autonomia seja importante, deve ser acompanhada pelos responsáveis”.

Adriana diz que é raro atualmente as famílias sentarem com os filhos e amigos dos mesmos para jogar alguma coisa, ler e interpretar regras. “É importante saber usar as estratégias e disputas saudáveis, onde se trabalham as frustações, mas hoje em dia a maioria se isola com seus tablets e celulares, em jogos solitários. Muitos pais nem sequer acompanham as atividades dos filhos em sala de aula, ou o que estão fazendo”.

Dicas

“A dica é que, durante a noite, mesmo após um dia de trabalho exaustivo, sente com seu filho e pergunte do seu dia, peça para ver seu material, combine um dia da semana para uma noite de jogos, façam uma leitura juntos, organize o tempo para isso”, recomenda a especialista.

Segundo Adriana, a participação na vida dos filhos é um laço afetivo permanente, e para mostrar o interesse, é necessário saber quem são os amigos, os pais dos amigos, e se os princípios éticos e morais são semelhantes”.

De acordo com a pedagoga, os pais são espelhos para os filhos, e se os pais não dedicarem tempo a eles, quando os filhos crescerem vão ter o mesmo comportamento. “Os pais precisam estabelecer uma relação de respeito com seus filhos, evitar discussões perto deles, ter regras de comum acordo entre pai e mãe. Também é importante não falar palavrões e gírias perto dos filhos, pois isso é reproduzido. Os filhos precisam entender o quanto trabalhar é importante, mas, para isso, é necessário que eles sintam a presença dos pais quando estão fora do trabalho”, finaliza.