Pacientes de enfermaria serão transferidos, mas Santa Casa ainda conta com três leitos de UTI
Até a última segunda-feira, dois dos três leitos estavam ocupados
Foto: Lucas Selvati/Arquivo JI
Da Redação
A Santa Casa de Misericórdia de Itatiba ainda conta com três de UTI destinados a pacientes com coronavírus, no entanto, os infectados que necessitarem de internação na enfermaria, cujos leitos foram desativados no último dia 18, serão transferidos para hospitais da região. As informações são do provedor da Santa Casa, Emerson Netto, que concedeu entrevista à CRN na última segunda-feira, 9.
Netto ressaltou que a Santa Casa não decide para qual hospital o paciente será encaminhado. Segundo ele, o procedimento é feito de acordo com orientação do Estado. “As pessoas ficam preocupadas para onde vão, mas a Santa Casa não tem poder sobre isso daí. Os pacientes são recebidos, testados e avaliados da mesma forma”, explicou. Até a última segunda-feira, duas pessoas na enfermaria aguardavam transferência. Em relação à UTI, dois dos três leitos estavam ocupados. “Hoje a Santa Casa está voltada para outras enfermidades. Devido à pandemia, algumas pessoas não procuraram atendimento e se encontram em situações mais graves. O hospital, principalmente o setor de emergência, está sobrecarregado”, comentou o provedor.
UPA
Netto voltou a pedir à população que procure a UPA quando o caso não for urgente. A intenção é não sobrecarregar o Pronto Socorro (PS) da Santa Casa. “É importante que as pessoas entendam que não é capricho, o sistema precisa funcionar, não adianta vir até a porta da Santa Casa e fazer barulho, escândalo, chamar a polícia. A Santa Casa cumpre protocolo determinado pelo Ministério da Saúde, não tem má vontade, não tem restrição nenhuma, o foco da Santa Casa é pacientes de maior complexidade, as pessoas precisam entender e utilizar nossa Unidade de Pronto Atendimento (UPA)”, disse.
Casos aumentam na RMC
Segundo nota técnica do Observatório PUC - Campinas, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) registrou 1,51 mil casos na 44ª semana epidemiológica (de 25 a 31 de outubro), o que indica aumento de 11,48% em relação à semana anterior. Para o infectologista e professor da Faculdade de Medicina da PUC-Campinas, André Giglio Bueno, “o risco de ocorrência de aumento no número de casos de síndrome respiratória aguda nas próximas semanas é um indicativo de que devemos nos manter em alerta”.