Operação apreende 152 ton. de agrotóxicos no interior de SP; multas totalizam R$ 10,4 milhões
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Uma megaoperação realizada em 15 municípios do interior de São Paulo por equipes do Ibama, Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Polícia Rodoviária Federal resultou na interdição de quatro empresas, apreensão de 152 toneladas de agrotóxicos biológicos e químicos por estarem em situação irregular e 42 autos de infrações que juntos, somam quase R$ 10,4 milhões. Além disso, houve cinco notificações à empresas e a suspensão das atividades associadas.
A ação teve início em 30 de julho, e se estendeu por 3 semanas, período em que foram fiscalizadas 29 empresas. Dentre os municípios, empresas situadas em Campinas, Araraquara, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, foram alvos dos fiscais.O objetivo foi identificar e apreender agrotóxicos importados, produzidos e/ou comercializados de forma irregular e sem os devidos registros nos órgãos competentes.
As investigações começaram após o Ministério da Agricultura realizar a análise de amostras no começo do ano e constatar a presença de microrganismos de controle biológico em fertilizantes e outros produtos ofertados no mercado agrícola, como é o caso dos “aceleradores de compostagem”, e que não tem registro junto ao órgão federal, mas que demonstraram a necessidade de estar sob o controle da fiscalização.
Os produtos, então, foram submetidos a sequenciamento genético pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, para verificar se havia em sua composição microrganismos de controle biológico, hoje enquadrados como agrotóxicos biológicos.
Além da confirmação dos microrganismos de controle biológico, foi encontrado ainda na composição dos insumos, patógenos humanos que podem causar meningite neonatal, além de patógenos agrícolas. Das 29 empresas fiscalizadas, quatro foram interditadas, por terem sido constatadas situações precárias de fabricação dos insumos agrícolas que possuíam riscos de contaminação das linhas de produção e a eficácia do produto.
Ainda na operação, os órgãos constataram o fracionamento de agrotóxicos químicos e a comercialização em estabelecimentos clandestinos. Os agrotóxicos ilegais, produzidos sem o devido controle de qualidade, constituem riscos para o setor econômico agrícola pela falta de eficácia no controle das pragas, além de constituírem um risco para a saúde humana e ao meio ambiente.
* com informações da Rádio CBN Campinas
