Óbitos por coronavírus na RMC sobem 23%
Em relação aos novos casos na Região Metropolitana de Campinas, o aumento foi de 28,2%
Foto: Lucas Selvati
Da Redação
De acordo com nota técnica do Observatório PUC-Campinas, que vem acompanhando o comportamento da pandemia na Região Metropolitana de Campinas (RMC), os casos e mortes por coronavírus voltaram a subir durante a 28ª semana epidemiológica (5 a 11 de julho). Em relação aos novos casos, o aumento foi de 28,2%; já os óbitos subiram 23% em comparação com a análise anterior feita pelo Observatório. Para o infectologista e professor da Faculdade de Medicina da PUC-Campinas, André Giglio Bueno, o resultado confirma a previsão de que a desaceleração evidenciada nas duas últimas semanas não indica uma tendência de estabilização no número de casos e mortes na RMC. “Deste modo, essas variações pontuais não podem ser valorizadas para tomada de decisões”, afirma.
Bueno diz, ainda, que uma pequena parcela da população na região teve contato com o vírus, segundo estudos recentes do Centro de Pesquisas Epidemiológicas da UFPEL. Por essa razão, as medidas para prevenir a infecção, sobretudo o distanciamento social, precisam ser mantidas rigorosamente. “Estima-se que cerca de 60% da população deva estar imune ao vírus para que se possa desfrutar da imunidade de rebanho e caminhar para o fim da pandemia. Aparentemente, estamos bem distantes desse número em nossa região”, alerta.
Municípios que preocupam
Segundo a nota do Observatório PUC-Campinas, o município de Campinas, que registrou 2.237 novos casos (+20,5%) e 82 novas mortes (+13,8%) na 28ª semana epidemiológica, continua sendo o epicentro da doença na RMC. Paulínia, com mais de 960 casos por cem mil habitantes, Indaiatuba e Nova Odessa, com altos coeficientes de mortalidade, também geram preocupação.
Os dados atualizados da covid-19 na RMC podem ser acompanhados em tempo real pelo painel interativo do Observatório PUC-Campinas, através do link https://observatorio.puc-campinas.edu.br/covid-19/.