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Por Marcio

Novo delegado da Deic mira o crime organizado

Para o divisionário José Carlos Fernandes, é indispensável ‘secar’ a fonte de recursos dos criminosos

Por Marcio

Foto: Rodrigo Zanotto

Por Alenita Rodriguez/Correio Popular

O novo delegado divisionário da região de Campinas, José Carlos Fernandes da Silva, pretende otimizar um setor que, apesar de existir, é pouco conhecido como parte na Polícia Civil: o Seccold. A sigla corresponde ao Setor de Combate ao Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro e, como o próprio nome diz, investiga delitos de corrupção e lavagem de dinheiro, muito relevantes nas grandes operações da Polícia Federal (PF). 

Silva assumiu a Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic) no final da primeira quinzena deste mês, no lugar do delegado Oswaldo Diez, que foi para São Paulo.

A Deic é ligada ao Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior 2 (Deinter-2) de Campinas, cuja circunscrição abrange cinco delegacias seccionais, sendo duas em Campinas, e as outras em Bragança Paulista, Jundiaí e Mogi Guaçu, que, juntas, compreendem 38 cidades. 

Natural de Amparo e formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas, Silva começou a carreira na Polícia Civil como delegado em 1989. Na instituição, ele passou por alguns distritos do município, inclusive, esteve à frente da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) local, tendo sido responsável pelo esclarecimento de diversos crimes, cujas investigações complexas culminaram na desarticulação de quadrilhas e associações criminosas, levando à prisão de dezenas de bandidos.

“Seguindo as diretrizes da nova política de segurança, implementada pelo governador Tarcísio de Freitas, a prioridade é a de direcionar esforços, implantar forças-tarefa, para reduzir alguns índices criminais, como os delitos patrimoniais (furtos e roubos de veículos e cargas) e combater o crime organizado, mediante investimento em investigações, bem como em ações de inteligência voltadas à repreensão ao tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e ocultação de bens. Isso sem esquecer a intensificação ao combate à corrupção”, disse o divisionário. 

Para o delegado, os trabalhos do Seccold serão fortalecidos com o uso de tecnologias de investigação e a integração das Forças de Segurança Pública (Polícia Federal, Civil, Militar, Penal, Guarda Municipal) e de outras instituições, como o Ministério Público, Fazenda Estadual e Receita Federal. “Vamos nos reunir com os chefes da Receita Federal e da Fazenda Pública do Estado para trocar informações e também com o Ministério Público Estadual, buscando uma integração efetiva com essas instituições. A meta é combater essas modalidades de crime”, destacou.

Segundo Silva, o foco das unidades especializadas será a “lavagem de dinheiro”, procedimento realizado pelos criminosos para tornar legal recursos vultosos obtidos ilegalmente. A união dessas unidades e as demais instituições contribuirá para o combate ao crime organizado. “Os autores conseguem manter suas atividades criminosas, tais como tráfico de entorpecente, roubos de carga, enfim todos os delitos de maior gravidade, ‘lavando’ o dinheiro de origem ilícita. O objetivo de todas as Forças de Segurança Pública é uma só, embora os caminhos sejam diferentes para cada corporação, coibir a criminalidade e trazer uma percepção de segurança à população, servindo bem o cidadão. Então, se houver troca de informações, confronto de dados, atingiremos o ‘braço financeiro’ dessas organizações criminosas”, destacou.

Em relação às apreensões e prisões de bandidos envolvidos com o tráfico de drogas e crimes patrimoniais, Silva defende que a polícia terá êxito ao combater o crime organizado, “que movimenta, alimenta e mantém as quadrilhas”. “A partir do momento em que intensificarmos a repressão ao crime de lavagem de capitais, o resultado se tornará mais eficaz. E isso deve acontecer mediante a utilização da tecnologia disponível e um intenso trabalho de inteligência policial e ações de campo. Contamos muito com a colaboração e parceria da população. Quem tiver informações sobre algum crime, deve denunciar e informar à Polícia Civil.”

Animais

Silva também destacou que, desde outubro do ano passado, a Deic passou a contar com o Setor de Atendimento a Ocorrências, voltado a abusos e maus-tratos contra animais. A equipe especializada, que fica na sede da DIG, recebe denúncias, apura os delitos e, sendo o caso, dá destino adequado ao animal. 

Desde a sua criação, já foram registradas 25 denúncias de maus-tratos, todas solucionadas. O divisionário destaca que qualquer crime pode ser informado por meio de denúncia anônima pelos telefones 181 (Disque Denúncia) e (19) 3237-0550 da Deic.

Além das seccionais e unidades especializadas, como Dise, DIG e Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), há ainda o Grupo de Operações Especiais (GOE), que tem como missão dar apoio a todas as unidades policiais da circunscrição do Deinter 2, especialmente em ações mais perigosas e sensíveis.

Cadeiras

Com a posse de Silva, a DHPP recebeu o delegado assistente Sérgio Seijo Toma, que estava em Paulínia e também no o 4º DP, e agora será assistente do titular Rui Pegolo. O divisionário era titular no 4º DP e com a sua saída, o delegado Maurício Lucenti Geremonte, que estava no 7º DP, assumiu o comando da unidade. O delegado que era assistente da Dise, Augusto Mita, assume o 7°. A Dise passou a ser chefiada pelos delegados que estavam à frente da DIG, José Glauco Silveira Lobo Ferreira (titular) e Fernando Sanches (assistente). A DIG passou a ser comandada pelo delegado de Jundiaí, Antônio Dota Júnior, enquanto Luís Fernando Dias de Oliveira, que era de Indaiatuba, será assistente.

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