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Por Roberto

Novembro Azul: rotina de exames detecta câncer de próstata e outras doenças na fase inicial

Acompanhamento médico da saúde masculina precisa começar ainda na adolescência e se prolongar por todas as fase da vida

Por Roberto

Foto: Eduardo Lopes

Tratamentos bem-sucedidos, que dependem em grande parte da detecção precoce, são a chave para frear a estatística de quase 16 mil mortes ao ano causadas pelo câncer de próstata no Brasil. Campinas tem, em média, 540 casos desse tipo de câncer por ano e, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o país deve registrar 72 mil novos casos da doença neste ano.

Neste ano, o tema da campanha Novembro Azul _ "Prevenção é para os Fortes", da Secretaria de Saúde de Campinas, tem como foco a promoção da saúde integral do homem, além do estímulo para a realização de exames para a detecção precoce do câncer de próstata.

Embora haja avanço na forma como o homem cuida de sua saúde, algumas barreiras ainda persistem, como não buscar atendimento preventivo e resistência para fazer exames, como o toque retal.

“Com o diagnóstico precoce, as chances de curam chegam a até 97%”, diz o coordenador do Serviço de Urologia da Rede Mário Gatti e supervisor do Eixo Cirúrgico, Fábio Thadeu Ferreira, que fala dos cuidados que os homens devem ter com a saúde.

- Os homens cuidam menos da saúde do que as mulheres?

De fato, os homens não tem o costume de realizar consultas preventivas. Muitas vezes são suas companheiras que os fazem ir às consultas. Mas nos últimos anos, temos observado uma mudança neste paradigma, com mais e mais homens buscando atendimento preventivo, especialmente na população mais jovem.

 

- Quando os homens devem começar o acompanhamento com o urologista?

O acompanhamento com o urologista deveria se iniciar ainda na adolescência, nas fases finais do desenvolvimento sexual. Falando especificamente sobre câncer de próstata, recomenda-se iniciar as avaliações preventivas a partir dos 50 anos e, para aqueles com algum fator de risco (parentes com a mesma doença e população afrodescendente), a partir dos 45 anos.

 

- Eles ainda têm resistência em relação aos exames, como por exemplo, o toque retal, ou esse comportamento vem diminuindo?

Ainda há uma certa resistência, mas é algo que vem diminuindo. As campanhas de conscientização, cada vez mais frequentes, são muito importantes para mudar este preconceito com o exame, que é rápido e indolor e não afeta, de forma alguma, com a sexualidade de ninguém.

 

- Existe menopausa masculina?

Existe um termo antigo que designava algo semelhante a menopausa, a Andropausa. Porém, este termo é inadequado, pois não acontece da mesma maneira que no sexo feminino. Existe uma situação clínica que se chama Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM) que ocorre em uma parcela da população masculina, com uma redução na produção de testosterona, levando a alguns sintomas específicos: perda de ânimo, alterações de sono e fome, disfunções sexuais, entre outros.

 

- Jovens podem desenvolver câncer de próstata?

Na medicina nada é 100%, mas antes dos 45 anos, a chance de alguém desenvolver câncer de próstata é muito baixa, antes dos 40, menor ainda... Na população jovem, é virtualmente inexistente.

 

- É possível prevenir o câncer de próstata? Como?

Prevenir especificamente não. Não há medidas, até o momento, que impeçam o surgimento do câncer de próstata, porém o diagnóstico precoce é essencial, pois, nas fases inicias, é uma neoplasia totalmente curável. Claro que o tratamento é individual e existem situações específicas que um simples acompanhamento é suficiente.

 

- O câncer de próstata tem cura?

Sim, é possível curar o câncer de próstata, especialmente nas fases iniciais, chegando até 97% de chance de cura.

 

- O câncer de próstata causa impotência?

Não, há uma associação entre os tratamentos para o câncer de próstata e a impotência, mas não a doença especificamente. Atualmente, com o desenvolvimento tecnológico e surgimento e implementação da cirurgia robótica, o risco de impotência diminuiu bastante. Em Campinas, já dispomos de três sistemas robóticos, todos em serviços privados. Infelizmente, ainda não há esta disponibilidade no SUS, mas aqui, já fazemos cirurgias minimamente invasivas, com técnicas laparoscópicas.

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