Nova fase do Plano São Paulo permite liberação total de comércios e serviços
A nova fase do Plano São Paulo ainda não permitirá eventos com público em pé
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Foto: Lucas Selvati
Da Redação
Desde ontem, dia 17, o Plano São Paulo entrou em nova fase de flexibilização, a chamada “Retomada Segura”. Nesta nova fase, não haverá limites de horário, nem de taxa de ocupação nos estabelecimentos comerciais do estado. No entanto, continua sendo obrigatório o uso de máscaras em todos os ambientes e os protocolos de distanciamento social e higiene.
A decisão de flexibilizar as regras se deve, segundo o Governo do Estado, a diminuição de números de casos, internações e mortes. O prefeito de Morungaba, Marquinho de Oliveira, confirmou ao JI que a Estância seguirá o que o governo estadual impor, “vamos continuar seguindo, como estamos fazendo desde o começo”. A Prefeitura de Itatiba também foi procurada pelo JI, e alegou que também seguirá as normas do estado e dará o próprio decreto amanhã, dia 19.
Ainda estão proibidos
Eventos sociais, museus e feiras corporativas serão liberados; mas com o controle do público, sem promover aglomerações e show com público em pé, torcidas e pistas de dança permanecem proibidos até dia 1º de novembro.
Vacinação
Até a última segunda, dia 16, Itatiba tinha aplicado 116.502 doses da vacina. O município tem 82.590 pessoas que receberam ao menos uma dose; 30.566 estão imunizadas com as duas doses e 3.346 receberam a de dose única. Morungaba chegou ontem, dia 17, a 96% de sua população adulta (acima de 18 anos) imunizada com ao menos uma dose, o número corresponde a 9.743 pessoas. 37% dos morungabenses adultos já estão 100% imunizados; 3.444 com duas doses e 352 com a vacina de dose única.
Especialista
Para André Giglio Bueno, infectologista da PUC-Campinas, a flexibilização das regras exige responsabilidade individual para impedir o avanço das contaminações. Na avaliação do médico, publicada em nota técnica do Observatório PUC-Campinas, a percepção de risco da população é muito ruim. “É necessária uma melhor compreensão das atividades que oferece maior ou menor ameaça. Por exemplo, frequentar um restaurante fechado com pouca ventilação não é seguro, apesar da liberação para seu funcionamento”, avalia Giglio.
O infectologista afirma que é preciso cautela. “Cerca de 39% das amostras sequenciadas do Estado de São Paulo no mês de julho correspondem à variante delta. São dados muito preocupantes, porque podemos vir a enfrentar situação semelhante à de outros países em algumas semanas”, destaca.
Do ponto de vista econômico, embora o avanço da vacinação alimente expectativas positivas, a ameaça do variante delta tem causado preocupações nos mercados financeiros, diminuindo as previsões de crescimento da demanda por bens e serviços no mundo. Para o economista Paulo Oliveira, professor da PUC Campinas, outros aspectos criam sinais de alerta. “Preocupa o aumento dos preços num contexto de elevada taxa de desemprego, além da ameaça de disseminação do variante delta no Brasil. No momento, a confiança e o desempenho das pequenas indústrias continuam positivos, ao mesmo tempo em que o número de vacinados tem atingido patamares mais elevados”, afirma o professor extensionista.