Museu já recebeu 30 mil visitantes em um mês de exposição sobre o Holocausto
“Para a abertura desta exposição, contamos com as ilustres presenças de sobreviventes e que muito insistiam sobre a relevância de falar sobre o Holocausto para as gerações mais jovens. Um número expressivo como este de visitantes é sinal de que há na sociedade pessoas conscientes sobre a importância disso, de se refletir sobre o passado e de se democratizar as informações para que nada disso se repita”, ressaltou o gestor de Cultura, Marcelo Peroni.
A exposição Holocausto: para que nunca se negue, para que nunca se esqueça e para que nunca mais se repita completa, neste domingo (11), um mês de exibição no Museu Histórico e Cultural – Solar do Barão. Nesse período, a exposição já recebeu 30 mil visitantes – dos quais quase dois mil são estudantes e educadores em visitas agendadas.
O diretor do Departamento de Museus, Paulo Vicentini, fez um agradecimento aos educadores da região. “A Cultura agradece o empenho dos diretores e professores da rede pública estadual de ensino e de colégios privados, pelo notório esforço de trazer seus alunos à exposição. E muitos dos que vêm com esses grupos voltam e trazem seus familiares e amigos”, comentou Vicentini, que ressaltou também a presença de visitantes de diversos Municípios da região, como Várzea e Campo Limpo Paulista, Francisco Morato, Jarinu e outros.
As colegas estagiárias de Pedagogia Silvânia Galvão e Júlia Costa, e de Letras Roberta Lopes, que atuam na Rede Sesi, combinaram de visitar a exposição juntas.
“A gente lê tanto sobre o Holocausto e não imagina como ele foi, mas a exposição foi capaz de mostrar até o inimaginável. Eu fiquei arrepiada, com vontade de chorar. E tem gente que nega ou se esquece que isso tudo aconteceu”, comentou Silvânia, que mora em Várzea Paulista.
“Um dos pontos da exposição que mais chamaram minha atenção foi o assassinato de crianças, eliminadas com overdose de medicação ou inanição. E eu trabalho com crianças atípicas, então fiquei pensando nelas, em como pode um regime querer eliminar pessoas, criar um programa de eutanásia infantil”, refletiu Júlia, moradora de Cabreúva.
“A instalação que mais chamou minha atenção foi a dos desenhos de crianças nos campos. E eu trabalho com crianças no meu dia a dia, por isso foi um choque de realidade”, ressaltou Roberta, que mora em Campo Limpo Paulista.
Já a moradora do Centro, Fernanda Bueno aproveitou a volta para casa com os filhos Murilo e Conrado, de oito e um anos, para conferir a exposição. “A gente gosta muito de visitar museus e passando aqui na frente o Murilo pediu para entrarmos. Eu acho que criança tem que saber da realidade desde cedo. Por isso sou bastante realista e, apesar de ser um tema triste, falei o que foi o regime, o preconceito e até o que faziam com as crianças”.
Exposição
“Holocausto: para que nunca se negue, para que nunca se esqueça e para que nunca mais se repita” possui instalações montadas pela UGC, além das exposições: “Shoá: como foi humanamente possível?” e “Os justos entre as nações da Lituânia”, respectivamente, propostas pelos parceiros Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto de São Paulo e Consulado Geral da República da Lituânia de São Paulo, importantes parceiros nesta realização.
Aberta para visitação gratuita até o dia 06 de agosto, a exposição tem como faixa etária indicada maiores de 12 anos. Crianças menores dessa idade poderão fazer a visita somente se acompanhadas de adultos responsáveis.
O Museu fica na rua Barão de Jundiaí, 762 – Centro, e fica aberto diariamente, com entrada gratuita, das 10h às 17h. Mais informações pelo telefone (11) 4521-6259.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafos PMJ