Município de Jarinu volta ser membro do quadro de associados ao Consórcio PCJ, que somam agora 41 cidades
Anúncio foi feito na Reunião Plenária da entidade realizada na quarta-feira (31) e que debateu ainda sobre a situação hídrica da região
Foto: Divulgação
O Consórcio PCJ realizou na última quarta-feira, dia 31 de agosto, a sua 91ª Reunião Plenária, a primeira presencial após 2 anos de pandemia, na qual foi aprovado o retorno do município de Jarinu (SP) ao quadro de membros associados. Após a manifestação da intenção, feita pelo secretário municipal de Finanças, Fabrício Lopes de Camargo, foi aprovado o acordo para o pagamento das mensalidades atrasadas. A reunião também debateu, entre outros assuntos, a situação hídrica das Bacias PCJ, fortemente impactada em 2022 devido às mudanças climáticas e ocorrência de eventos extremos.
A volta de Jarinu como cidade membro do Consócio PCJ foi solicitada pela prefeita municipal, Débora Cristina do Prado Belinello, e pela secretária de Agricultura e Meio Ambiente, Marília Soranz, e comunicado pelos representantes do município presentes na reunião do Consórcio PCJ. O presidente da entidade e prefeito de Limeira, Mário Botion, festejou a decisão de retorno de mais um município associado. “O retorno de Jarinu é de extrema importância para nós, e agora passa a ter 41 municípios membros, ampliando nossa força política e respeitabilidade”, comenta.
Jarinu aderiu ao Consórcio PCJ em 2007, mas devido a questões financeiras e de inadimplência das mensalidades associativas, teve sua participação suspensa das atividades da entidade, em 2020. Desde 2018, o Consórcio PCJ implantou procedimento de cobrança de inadimplentes devido a exigências do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, que audita as contas da entidade. O município, então, procurou o Consórcio em 2022 para renegociação dos débitos atrasados e voltar ao quadro de associados, o que foi aprovado por unanimidade pelo plenário na reunião de ontem.
Situação hídrica das Bacias PCJ preocupa
Também foi debatido na Reunião Plenária do Consórcio PCJ a situação hídrica da região e os impactos futuros. Os técnicos da entidade demonstraram que as vazões dos rios da bacia estão em todos os pontos de medição abaixo da média histórica e a reservação do Sistema Cantareira segue em queda. Atualmente, o sistema está com 33% de volume armazenado e os modelos apontam que os reservatórios chegaram a dezembro com pouco mais de 26%.
Nos dados apresentados, as chuvas no mês de agosto ficaram 14,3% abaixo do esperado em toda a bacia, sendo que o dia com maior precipitação apresentou no máximo 15mm. A escassez de chuvas deve durar ainda em setembro e avançar pelo mês de outubro.
Estiveram presentes na reunião, os prefeitos de Americana, Chico Sardelli, o de Iracemápolis, Nelita Cristina Michel Franceschini, o de Louveira, Estanislau Steck e o de Pedreira, Fábio Vinicius Polidoro. Todos informaram que estão tomando medidas para contingenciar a instabilidade climática que tem impactado a disponibilidade hídrica. Campanhas de sensibilização estão sendo divulgadas para sensibilizar a comunidade sobre consumo eficiente de água.
O Consórcio PCJ tem disponibilizado material informativo para essas campanhas do uso consciente da água frente a estiagem, bem como recomendações de procedimentos para as Companhias de Saneamento para diferentes níveis de gravidade de escassez. A entidade mantém plantão técnico permanente para atendimento aos municípios e empresas associados.
Em seus boletins de disponibilidade hídrica, o Consórcio PCJ tem recomendado para que os municípios organizem comitês de gestão de crise com o objetivo de se prepararem para possíveis agravamentos da estiagem em 2022. Esses comitês devem ser formados por representantes das prefeituras, da defesa civil e comunidade, para deliberar sobre possíveis ações de contingenciamento e estratégias de sensibilização quanto ao uso racional de água.
