Mulheres no mercado de soldagem
As mulheres cada vez mais têm se inserido no mercado de trabalho em diversas áreas que, antigamente, eram vistas somente para homens, um deles é o mercado de soldagem
Foto: Divulgação
Toda sociedade necessita de regras e normas para sobreviver. Se cada pessoa fizesse a sua própria vontade sem pensar no bem-estar e no respeito com a outra pessoa, o caos predominaria. Por isso, durante os séculos de história, normas, leis, direitos e deveres foram instituídos para manter o mínimo de ordem possível.
No entanto, com o passar dos tempos, algumas dessas normas foram questionadas, tendo em vista que foram estabelecidas somente por um grupo predominante, sem pensar em outros, trazendo desigualdade e diversas injustiças para grupos minorizados, como as mulheres. Por muitos anos, as mulheres foram classificadas como fracas, frágeis e suas atividades foram atribuídas ao cuidado, às tarefas do lar e à criação dos filhos.
No entanto, hoje em dia, vemos uma mudança nesses padrões estabelecidos com mulheres se inserindo em lugares que não eram imaginados para elas, como política, mecânica, trabalho com ferramentas e solda. Nos últimos anos, houve um aumento de mulheres no mercado de soldagem. Confira mais sobre esse mercado e as influências sociais para tal mudança.
Sobre o mercado de solda
A solda é a junção de dois ou mais metais que podem ser utilizados em diversas situações, tais como reparo de portões, construção de portões, decoração estilo industrial, entre outras. É um mercado vasto, mas que precisa ser composto por especialistas, uma vez que são necessárias medidas de segurança, devido às faíscas, calor e luminosidade.
Por muito tempo, era comum ver homens dominando esse mercado. Mas, assim como outros, temos visto mulheres também se especializando no assunto e entrando no mercado de trabalho, muitas vezes com seu próprio negócio. Apesar de ser uma inserção tímida, já tem chamado atenção do mercado pelo destaque que elas têm ganhado no mercado, pela segurança e pela competência.
Influências sociais
O mercado de soldagem não é o único que tem crescido o número de mulheres. É um fenômeno em todas as áreas, apesar de ter sido em passos lentos. Muito disso se dá ao movimento feminista, que por muitos anos luta por direitos iguais entre todas as pessoas, levantando diferentes questões da vivência feminina.
Além disso, o número populacional de mulheres tem aumentado, assim como o número de mulheres sustentando a casa. Com o empoderamento feminino, estimulado pelo feminismo e a necessidade ou vontade, cada vez mais, as mulheres têm entrado em diversos mercados.
Um estímulo para isso tem sido a representatividade vista no audiovisual e redes sociais. Um exemplo disso é o mercado de perícia. Nos anos 2000, CSI: Investigação Criminal, uma das maiores séries de todos os tempos sobre o assunto, foi lançada mundialmente, trazendo como uma das protagonistas Catherine Willows, uma personagem com diversas facetas: uma das melhores peritas criminais do departamento de Las Vegas, mãe, ex-dançarina erótica, uma das líderes e mentora de equipe.
Em entrevista para o documentário Isso muda tudo, a atriz que deu vida a Catherine, Marg Helgenberger, relata que muitas mulheres entraram em contato com ela quando a série foi ao ar, tendo-a como inspiração, visto que houve um aumento de inscrições femininas na área, na época dominada por homens.
No entanto, o audiovisual não é a única forma de representatividade. Com a expansão das redes sociais, diversas profissionais fizeram perfis, a fim de divulgar seu trabalho e inspirar outras mulheres a seguir nesse ramo, criando uma comunidade, com o intuito de que não se sintam sozinhas em meio às dificuldades da área e o preconceito social que há na sociedade.