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Por Marcio

‘Motoboy tarado’ confessa e Polícia espera que mais vítimas o identifiquem

De acordo com as investigações, surgiram indícios de que possam haver mais vítimas do acusado, inclusive na região

Por Marcio

O motoboy que abordou uma mulher de 30 anos e se masturbou na frente dela na avenida Antônio Carlos Veiga, no bairro Eloy Chaves, em Jundiaí, no início deste mês, foi identificado por policiais civis, com auxílio da Guarda Municipal e confessou o crime em depoimento na tarde desta quinta-feira (16), no 5º DP, no mesmo bairro. Na companhia de seu advogado e também de sua esposa, que aguardou ao lado de fora da delegacia, ele alegou que tem problemas psicológicos e que, além de fazer uso de medicamento controlado, faz tratamento psicológico.

De acordo com as investigações, surgiram indícios de que possam haver mais vítimas do acusado, inclusive não apenas na região do Eloy Chaves ou somente em Jundiaí, onde faz entregas em vários locais, mas também em toda a região, já que é morador em Várzea Paulista. Por isso o delegado Marcos Luchesi Farias pede que mulheres que tenham sido vítimas dele compareçam na delegacia para prestar depoimento e fazer reconhecimento fotográfico. “É importante que, se houverem mais vítimas, que elas nos procurem. Tudo é sigiloso, elas não terão suas identidades reveladas”, disse Luchesi.

As características são: forte (tipo obeso), pardo e tem 1,82m de altura. A moto usada por ele é uma Fan vermelha, com uma ‘bag’ preta, para acondicionamento de marmitas e lanches. O capacete usado por ele no caso do Eloy Chaves é branco, mas podem haver outros.

De acordo com a Polícia, que pediu pela divulgação das informações, por conta de haverem outras motos com as mesmas características, é importante que as pessoas não hostilizem outras motociclistas, devendo ser direcionadas somente a possíveis vítimas.

Investigação

O caso chegou ao conhecimento da Polícia no dia 7, quando os investigadores Samuel e Carmo deram início às investigações. Após ouvir a vítima e obter características do autor, da moto e outros detalhes, contaram com a ajuda do setor de inteligência da GM para levantar imagens de câmeras de monitoramento. Com imagens do até então suspeito, em mãos, passaram a diligenciar até conseguirem identificar a placa da moto, cadastrada em nome de um parente dele. Foi possível ainda descobrir o nome da empresa para a qual ele presta serviço como entregador.

Com ele já identificado os policiais foram até a empresa para colher mais evidências, momento da investigação em que o advogado do acusado fez contato, antes mesmo de ele ser notificado a prestar depoimento, informando que apresentaria seu cliente. “O responsável pela empresa foi profissional e colaborou com as investigações, assim como principalmente à vítima, que com o BO e seu depoimento, foi possível identificar o acusado”, disse Samuel. “A investigação fluiu muito bem e obtivemos êxito em identificá-lo, com a colaboração da GM, da vítimas e testemunhas”, completou Carmo.

Para Luchesi, a pronta-resposta mostrou eficiência. “Trata-se de um crime grave e, nesses casos, temos que dar uma atenção maior. Foi o que fizemos, os investigadores agiram rápido”, comentou.

Depoimento

O acusado, que já tem antecedente pelo mesmo tipo de delito, em 2012, quando ainda era considerado Contravenção Penal, confirmou o crime, tipificado como importunação sexual. Se condenado, poderá receber pena de 1 a 5 anos anos de prisão. “O advogado disse que nos trará comprovações de que ele tem problemas com isso, inclusive mostrando que passa por tratamento. Mas o acusado contou que havia interrompido o uso dos medicamentos quando abordou essa vítima”, salientou Luchesi.

A reportagem chegou a conversar com advogado e acusado, na delegacia, que preferiam não se manifestar neste primeiro momento.

Depois de prestar depoimento ele foi liberado para aguardar o prosseguimento das investigações em liberdade.

Vítima

A mulher que o denunciou através de Boletim de Ocorrência, pela internet, fez o reconhecimento pessoal e confirmou, sem sombra de dúvidas, que se trata do homem a abordou, quando ela caminhava com sua filha, de 1,5 ano, na avenida, em plena luz do dia 2 deste mês. “Não tenho dúvidas de que é ele, esse dia foi muito triste”, disse à reportagem. E completou. “Isso está acontecendo muito por aí e nós mulheres não podemos nos calar. Se houverem mais vítimas, que elas se apresentem, não tenham medo”, falou.

A vítima ainda comentou sobre o fato de o acusado ter alegado ser doente. “Desta vez ele parou e se masturbou. Mas poderia ter sido um estupro, algo ainda mais grave. Então não se pode, cada vez que se comete um crime, alegar que foi por estar doente. Assim fica fácil”, lamentou ela.

A empresa

O diretor da empresa para qual o acusado presta serviço também se manifestou. Sob condição de anonimato, lamentou o ocorrido. “Nós pedimos desculpas à vítima pelo que aconteceu com ela, não compactuamos com esse tipo de comportamento. Dito isso, ressalto que se trata de um colaborador exemplar, boa gente, e que portanto lamentamos ter cometido esse delito. Gostaria até mesmo de ajudá-lo, caso precise” disse ele, que completou. “Colaboramos com as investigações, inclusive porque também fomos pressionados por outros motoboys que nos prestam serviço, que estavam temerosos em serem apontados na rua injustamente”, falou o diretor, sobre o fato de o nome da empresa ter sido viralizado nas redes sociais.

Fonte - Jornal de Jundiaí

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